todos os anos por esta altura...bem, à especificamente uma semana atrás começo a relembrar aqueles que eram os verdadeiros Natais, o Natal sempre era dividido entre a família do pai e da mãe, mas ambos muito aguardados com ansiedade. Hoje... bem, hoje é diferente, somos menos, para já ainda somos menos, talvez seja este o ultimo Natal sem "ele" e talvez passemos a ser mais daqui a alguns outros natais. Chegada ao fim esta etapa do ano, segue-se a próxima... o fim de ano...com tudo o que fica acompanha uma banda sonora a deste ano é marcada por vários concertos concretizados e músicas que me acompanharam nas viajens pra lá e para cá.
feist- secret heart
coliseu do Porto
Moullinex Milhões de Festa
Bon Iver <3 coliseu do Porto
B-fachada em paredes de coura e mais alguns sitios :)
os míticos Ornatos em paredes de coura
The XX-sunset
twin shadow-five seconds
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
domingo, 4 de novembro de 2012
Crescemos a ver as princesas da Disney, o tempo dos finais felizes para sempre foi aquele em que crescemos... todos eles eram iguais, à nossa volta, na inocencia da infância, as pessoas crescem e depois da escola tem um emprego, um namorado , um casamento, uma casa... filhos... e vivem até serem muito velhinhos.
Porque que assim do nada chegamos à nossa vez, a nossa vez de sermos adultos, conseguimos a escola, mais que a dos nossos pais, um empregozeco mal pago, na maioria dos casos e por isso nada de filhos, nada de casamento e casa muito menos o para-sempre. Hoje as pessoas não duram para sempre, ainda que isso só dure 70 a 80 anos... o pai ou a mãe vão mais cedo, o nosso porto seguro que são os pais já não tem o emprego até à reforma e nós de arrasto com os tempos não conseguimos ter a família que queremos, a vida que ainda que mais humilde que rica( sempre com os pés na terra) sempre aspiramos ter...
é difícil viver o mesmo todos os dias,é difícil vermos contrastes tão grandes, pessoas com muito e outras com muito pouco...difícil assistirmos a tudo e não ficarmos de rastos, deprimidos com o que os outros não tem e com o que não conseguimos ter também. Não à felicidade, família ou amor que resista para sempre a todas estas coisas.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
como era bom decorar aquele autocarro de pinipons com flores e empurralo sozinha até parar num canto do quarto... pentear cabelos até perderem o brilho, cantar ao espelho, fazer desenhos de vestidos...
hoje uma das coisas mais chatas é ter de abastecer o carro, ter paciencia para limpar tudo o que se aloja com a pressa dos dias, estacionar.É outono, as malhas já embaraçam os cabelos que nunca tiveram o mesmo brilho das bonecas, só o comprimento. Cantar para esquecer que há uma coisa aqui dentro que se lembra de bater com mais pressa do que eu. Fazer desenhos de roupa, mais roupa, mais roupa, não a que gosto, a que acho que os outros vão gostar, a que os outros vão usar.
irónicos os reflexos da nossa infância naquilo que somos, o que fazemos, o que gostávamos de fazer.
hoje uma das coisas mais chatas é ter de abastecer o carro, ter paciencia para limpar tudo o que se aloja com a pressa dos dias, estacionar.É outono, as malhas já embaraçam os cabelos que nunca tiveram o mesmo brilho das bonecas, só o comprimento. Cantar para esquecer que há uma coisa aqui dentro que se lembra de bater com mais pressa do que eu. Fazer desenhos de roupa, mais roupa, mais roupa, não a que gosto, a que acho que os outros vão gostar, a que os outros vão usar.
irónicos os reflexos da nossa infância naquilo que somos, o que fazemos, o que gostávamos de fazer.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
treta
estou farta deste país, cansada, mais do que o ter um "bom salário" e chegar ao fim do mês com quase nada pra juntar é aturar os sermões e missas cantadas dos mesmos do costume, a ladainha do Vitor Gaspar, que parece que anda a sopa de caracóis e não dorme à pra lá de um mês, dos coitadinhos dos recém-lecenciados que não podem fazer estágios não remunerados, porque não vão trabalhar pra aquecer... mas também ng lhes dá trabalho porque não tem experiência, porque não há trabalho, porque merda isto, porque merda aquilo. Tenho pena sim dos que se esforçam para trabalhar, dos que tem o espírito empreendedor e não tem sorte... agora dos acomodados de sofá do rendimento mínimo, desses não tenho pena... não tenho porque os via à porta do tasco todos os dias no meu primeiro emprego, porque os vejo da varanda do avó a jogar à bola e a fumar cacetes com os amigos... porque os vejo a viver à pala do meu avô, ora não pagam a renda porque não tem dinheiro, aparecem com roupa nova, fazem filhos para terem mais pensões, arranjam maridos inválidos para terem mais pensões... estou cansada de vos ouvir a todos, a dizer "é esta merda desta crise" quando a maioria que o diz completa-o com "deviam demitir-se todos", era tudo muito lindo, viviamos num paraíso numa anarquia, sem impostos, sem transportes, sem saúde, sem direitos, sem coisa nenhuma, estou cansada de um povo triste e ignorante que festeja com petardos o fim das manifestações ditas "pacíficas" como se fosse ali o senhor de matosinhos em pleno dia de arraial... estou cansada de trabalhar, de não progredir `a velocidade que queria, de não ter ainda conseguido pirar-me daqui e ter a minha casa, uma lingua nova, um espírito novo, pessoas diferentes.
sábado, 13 de outubro de 2012
o "ele"
Cresceste um bocadinho, agora bastante gente olha para ti de outra forma, gostam do teu intelecto, da tua personalidade, algumas pessoas apenas gostam de te olhar e fazem-no com algum descaramento... já deste por ti algumas vezes a pensar no quanto este ou aquele são interessantes sem que para isso tenhas de chegar mais perto do que uma conversa ou uma troca de piadas parvas.
Sentes um bocado saudade daquele tempo em que embora não fosse muito a tua onda, deixavas-te "burlar" pelas cantigas, ainda que não houvesse muito mais além disso... o ego serve para ser alimentado...
quando é que tudo isso pára, não és muito velha, mas és demasiado nova para que a tua/ vossas vidas passem a ser só ele e tu e tu e ele e mais ninguém... mas és capaz de passar horas com ele a conversar sobre coisas que mais ninguém acha interessantes, sem terem medo de estarem a aborrecer-se um ao outro, gostam da mesma música, partilham as novas, criticam e riem-se do mesmo, contradizem-se e argumentam, não discutem, amuam porque a vida às vezes é um bocado madrasta... são capazes de passar essas mesmas horas a fio na cama enrolados um no outro, mais um edredon dos tempos da arca da avó e mais um gato remelado que sabe que vocês são perfeitos para ele dormir em cima. Ele adormece a ver-te dormir tu acordas a ve-lo dormir e a tua mão na dele, naturalmente mais pequena, encaixa como se fossem duas peças de lego. Tudo em vocês encaixa como uma peça de lego.
É aqui que te apercebes que embora a vida seja má e ás vezes te dê surpresas, dá-te também esta coisa de quereres que dure para sempre.
o detalhe dos lábios, as pestanas grandes os olhos amendoados, o sorriso milimetricamente perfeito, até o podia ser só para ti, não te importarias que mais ninguém achasse isso, que nem fosse bonito,os pensamentos e a inteligência que por vezes te deixam a pensar que não será ele bom de mais para ti?
é a tua peça de lego de depois de já teres deixado umas aqui outras alí de te esqueceres, de as trocares , não queres que esta em especial se separe da tua.
gosto de ti
JR
sábado, 22 de setembro de 2012
a chuva resolveu aparecer, na hora em que me ia tentar dormir... já parei o loop do album dos twin shadow e com ele a minha mania de comparar a vida a cada letra de cada música...hoje o lugar na cama está vazio, ao contrário da imensidão de coisas que enchem a minha cabeça, hoje irei sonhar com quê, quartos cor-de-rosa com tv's retro e peluches de festas da terra,ou chiuauas que ladram ao som de uma imitação bairrista de Carlos do Carmo? espero pelo menos não ter pesadelos, espero não ter sonhos de réstias do dia de hoje, nem trabalho, nem programas semelhantes à BBC vida selvagem mas com humanos pouco civilizados. Pudesse eu ser como os novos episódios da floribela com que acordo pela manhã, ia logo pedir às minhas fadinhas da floresta para não sonhar com nada...que esta coisa dos sonhos embora não seja supersticiosa deixa-me sempre a pensar de onde vieram.
Tenho para mim que vou sonhar com a actualização do software do iphone, que depois de resolver dar um erro, fala para mim em brasileiro.
Mas que complicação Maria JR. é só chuva... porque é que tens a mania de olhar para ela como se fizesses parte de um filme deprimente sem grande conteúdo.
Leggo
penso naquela caixa de legos, a facilidade com que montamos uma série de peças e construimos uma casa com moveis e tudo. Que é que se passa, porque é que estagnamos? não era esta aquela parte em que éramos crescidos e que comprávamos a nossa própria casa... ou por outras palavras que na saúde e na doença um crédito habitação até que a morte nos separasse?
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