quinta-feira, 30 de junho de 2011

o verão, as areias e as piscinas.

chegado o verão e um calor de 35º no local de trabalho( se eu fosse sra ministra concentrava todos os locais de trabalho num sitio com temperatura igual ou inferior a 20 graus, para que o sofrimento/distracção dos trabalhadores fosse menor e o rendimento fosse maior) a vontade de me enfiar d baixo de um daqueles sortudos campos de milho banhados pelo sistema de rega... só vem à cabeça água, sol, gelados, areia, mergulhos... coisas assim muito desagradáveis...

 Lembro me dos 90's, dos inicios... nós...crianças, ingénuas, que não viamos nada destes desenhos animados do futuro pensamos um dia que se tapasse-mos todos os buraquinhos do terraço por onde escorria a àgua, conseguiriamos encher o dito com uma mangueirinha  e assim fazer uma grande piscina... um dia ocorreu-me que possivelmente numa frincha mais subterrada do cimento pudesse eventualmente provocar ao vizinho de baixo sérios riscos de infiltração ou quem sabe até afogamento...
mas quando somos pequenos achamos que tudo é possível...
 sermos ricos de profissão, estrelas de cinema, caminhar nas nuvens (esta ultima mesmo depois de adultos temos dúvidas) e por isso mesmo temos em igual número...criatividade e desculpa para dar e vender.
Nos dias de calor foram muitos os sonhos com piscinas ao mergulhar no tanque de cimento cinzento... hoje revejo-me em todas as criançinhas fanadas e de abraçadeiras da disney , roxinhas da ponta dos cabelos até à ponta das unhas dos pés, com os dedos murchos, a tremer e a dizer "ui, está ta ta ta tão quen quen quen quentinha a ááá´ água, nem tttttenho vontade de saí r r r"


o que eu n dava por umas férias da escola agora , entenda-se "férias grandes"

quarta-feira, 22 de junho de 2011

filmes e terror.

à 18...19 anos atrás escondia-me de baixo da almofada sempre que passavam imagens de filmes de terror na televisão, se calhasse de ouvir alguma coisa já tinha pesadelos, deixavam me adormecer no sofá... medo do escuro, medo dos monstros...poucos anos depois já aproveitava férias para ver filmes de terror, fechavamos a persiana para o impacto ser maior...na adolescencia os medos rondam na borbulha nova na testa ou no "será que ele gosta de mim?"...mais tarde obrigam-nos a medos inevitáveis como a perda...a perda de emprego, a perda de amizades e pior que tudo, a perda inevitável das pessoas queridas...o sentimento de perda é algo que nos vê e faz ou nos obriga crescer e sentir , voltar a sentir o medo do filme do terror, do oculto, do desconhecido,da noticia má e inevitável, do nunca mais te ver, do "para onde foste" e do sentir que estás aqui e não te vejo.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

queres namorar comigo? sim "quadradinho" não "quadradinho" talvez "quadradinho" porque?______








lembro-me de todos os nomes de todas as paixões que tive em pequena, "paixonetas" de que antes escondia no meu coração/cabeça  fechado com um daqueles aloquetes tão fixes dos diários que quando se perdia a chave, abria-se perfeitamente com um gancho do cabelo... era assim que me sentia, não que não fosse discreta, mas achava-me sempre transparente...todas essas coisas se reflectiam inevitavelmente com factores fisicos que caracterizam "a paixão"as borboletas na barriga que eu nunca achei que fossem borboletas, mas sim grandes lombrigas! o nó na garganta que é semelhante à sensação de ter engolido uma pastilha elástica... sentir a cara a corar, um frio/calor estranho e uma espécie de tremor...
Nós crescemos, a paixão muda aos poucos, em pequenos a paixão reflecte-se em coisas estranhas, "quanto mais me bates mais eu gosto de ti", recebemos cartas de amor e sonhamos com cartas de amor, e sim, levamos muitos pontapés (isto não é apenas e unicamente metafórico...), puxões de cabelo...etc's...
ainda hoje tenho algumas coisas que me ofereceram em criança, não própriamente nódoas negras... tenho os diários onde não escrevia, mas guardava os papelinhos que me ofereciam... se pudesse pedia desculpa a todos os rapazinhos a quem ofereci um pontapé no meio das pernas como retribuição (em especial ao Denís que me salvou de ser atropelada), felizmente não tive o mesmo tipo de reacção com a última pessoa que me ofereceu as mais bonitas provas de amor... se não hoje já não poderia sonhar com ele para pai dos meus filhos ;)

hoje que sei tanto de ti do adormecer e do acordar,  estranho ao ver "as tuas cartas", estranho lembrar-me do antes de nós não sermos nós, estranho e reapaixono-me, do verbo reapaixonar (estar apaixonado de novo) coro, sorrio, sinto o frio da altura e depois espero que me esperes vir do trabalho para te roubar o sorriso. Como é que é possivel não estar sempre apaixonada por ti?


estar apaixonado é das melhores coisas do mundo por muito que nos faça sofrer todas essas alterações e coisas e" cenas" involuntárias... se eu pudesse ficava apaixonada por ti o resto da vida, até não nos sobrarem cabelos de cor...até não termos dentes ...(ok, é melhor ficarmos por aqui até que isto atinja proporções extremas)...










"O Ernesto não pára de chatear a Salomé.
Puxa-lhe o cabelo
arranca-lhe os óculos, de propósito...
A mãe disse-lhe que talvez o Ernesto estava apaixonado por ela.

Mas o que significa: estar apaixonado?

Todos os amigos da Salomé
sabem muito sobre o assunto
e cada um dá a sua opinião:
Estar apaixonado é...


- Os apaixonados só existem nos contos!- afirmou o Guilherme.
- Pois é!
- Com príncipes e princesas.
- Com roupas lindas?
- E com espadas?
- Com reis e rainhas?
- E dragões!
- Então os apaixonados não existem?- perguntou a Salomé.
 

A Justina acha que estamos apaixonados quando nos sentimos tristes ou muito tímidos e sobretudo quando coramos muito.
- Quando ficamos hipnotizados!- exclamou.
A Salomé concluíu que enlouquecemos um pouco quando estamos apaixonados! 

A pequena Ana já tinha ouvido falar de paixão, uma espécie de raio que nos atinge.
- Um raio de fogo!
- E queima?
- É como um relâmpago!
- É uma trovoada!
- Mas afinal chove?
Então a Salomé pensou que era melhor
ter um guarda-chuva para estar apaixonado!"


sábado, 4 de junho de 2011

as eleições e as bandeirinhas.




lembro-me vagamente de meados de eleições de mil nove e noventa e coiso... tinha ganho um" psqualquer coisa" e nós saímos por um acaso que não me lembro agora para ir dar uma volta à foz, era de noite... toda a gente tinha saído à rua para festejar com as devidas bandeirinhas, toda a gente exibia os dois dedos em forma de V de vitória... lembro-me de toda a  alegria tal e qual quando um clube de futebol ganha e não se pode andar na rua... mas desta por causa da vitória de um partido... lembro me ainda de estar toda contente a mostrar os dentes todos que não tinha, para as pessoas que passavam a apitar nas suas buzinas de fords fiesta (carro muito in na altura) e eu muito modo :let's get this party started! a fazer o V de vitória e a acenar essa mesma bandeirinha como se a formiga já tivesse catarro...


lembro-me dessa altura, até porque não mudou muita coisa...anos mais tarde passei a votar e a ser eleita vezes sem conta como delegada de turma (e não, eu nunca demonstrei o minimo interesse no cargo...), até hoje que já posso facilmente aceder ao meu poder de voto (ou ao meu dever enquanto cidadã) por sms e ir à escolinha votar(por uma razão de subdesenvolvimento qualquer que querem manter ainda não temos eleições online...mas obrigamos velhinhos a preencher o irs pelo site das finanças...enfim, coisas de cidadão que nem ao diabo lembra...) o meu conhecimento politico desenvolveu pouco ou nada...as minhas "crenças" ou opções são muito vagas e o meu voto tal como as minhas opções é...todo ele branco como que lavado com neoblanc,eu sou como já disse anteriormente "aquela velhinha que aparece na televisão a abanar a bandeirinha, mas que no fundo não sabe para quê, mas que a bandeirinha tem um tecido bonito para forrar uma camilha velha"...


desacreditei que um bando de pessoas que tem um salário milionário sejam capazes de se chatear por um país de mentalidades ricas em maldizer e pobres em soluções quando podem simplesmente estar sentados numa bordinha de uma das piscinas de casa a ler noticias sobre as suas próprias ridicularidades, ou se gosta dos ideais de um partido e não se gosta do "cabeça de cartaz" ou se gosta dos ideais do cabeçorro e não se gosta do partido. Se bem que ainda ontem tive conhecimento de um partido que defende imaginem... os animais, já que ninguém defende nada de jeito pudesse eu ao menos eleger um partido que tirasse os pobres dos animais das montras das lojas, dos fins trágicos nos canis, enfim... tantas outras coisas... no fundo somos todos tratados de igual forma, temos de trabalhar como animais, de nos "vendermos" como animais para que possamos conseguir um lar, comida e família.