quinta-feira, 3 de novembro de 2011

dissertações e teorias sobre amor e suas respectivas relações/ralações






Eu tenho uma certa atracção e até malvadez no que toca a teorias das mais diferentes espécies, mas a minha preferida é sobre o amor e para mim há coisas que no "amor"são tão evidentes, no amor não, nas relações.
 Relações há que acabam por ser inevitavelmente comparáveis às musicas-pimba, cuja rima é previsivel e a letra é dentro de todo o seu tema quanto-mai-ridiculo-melhor, fácil de decorar. Bolas, quando algum senhor canta "tu és o meu amor, a minha paixão..." nós sabemos que a frase vai acabar em "do meu coração"...tudo isto para tentar explicar que algumas relações também funcionam dessa forma, são previsíveis. Talvez seja uma coisa de gaja, sem querer generalizar... mas acho que paramos muito mais tempo a pensar nas razões, a reparar nos defeitos, nos detalhes, a mesquinhar e a fazer novelas que eles e se não o fazemos mais que os homens pelo menos deita-mo-lo muito mais cá para fora (salvo-seja)







1-De antemão quando já nada temos a ver com uma pessoa além do "Olá, lembrei-me", nem que seja até por funerais, casamentos ou aniversários e recebemos uma mensagem da actual namorada a dizer"queres conversa?blablabla" é obvio, e vem à baila a treta das "primeiras que são umas senhoras e as segundas umas vassouras"e se o não são sentem-se como tal, que é como quem diz, estão com a segurança/auto-estima/amor próprio ao nível do chão. Haverá necessidade de fazer figura de ursa ou mostrar que se está mal? o que é que se pensa enquanto gaja? Bem, ou ela é uma stoker possessiva e passa metade dos dias a pensar no quanto a ex é melhor do que ela e a outra metade a chorar ao espelho ou então ele passa a vida a tocar no ex assunto. Depois até damos por nós a pensar, "porra, ele não arranjava melhor? "

2-Outra das coisas a que damos particular atenção é ao "fogo, eles começaram à duas semanas e já dizem que se amam"pimba...foram por aí fora na loucura do vale dos lençóis à primeira e à terceira semana já se odeiam. Eu não quero ferir susceptibilidades a quem dê com isto e perca o seu valioso tempo a ler-me, mas se tu aí estiveres a passar por isto... não te preocupes, o próximo vai ser melhor!

3- e o"Oh, se eu sabia... "????

 e pronto, dás de caras com alguém (literalmente) que te provoca uma série de borboletas na barriga, uma vez por mes, uma vez por semana, até se tornar quase uma vez de meio em meio ano..."ah, mas não te envolvas muito que eu não sou de coisas sérias"
...então vai à tua vida, quando ele sabe que encontras um espécime da sua raça mas inigualável, cai o carmo e a trindade... "eu não sabia, se eu soubesse tinha sido de outra forma, tu és especial..." e que? até te casavas! "looule!



Mas se passamos por isto quanto mais não seja na adolescencia (pessoalmente já senti a vergonha alheia do ponto1 bem depois dessa fase, o que é mau em triplicado), estamos vacinadas para o pior, e venha ele, a bordo do seu cavalo branco (que esperemos pelo menos que não seja um fiat uno com o pára-choques enrolado em fita-cola castanha), mas que já tenha passado por todas as alineas  até chegar até nós, quanto mais não seja para pegarmos num balde de pipocas de microondas e sentar-mo-nos no sofá a rir de coisas sem piada nenhuma e sem vergonha na cara e para mim o amor é isso, um monte de coisas imprevisíveis, novas, e sem vergonha, mas a 2.







gosto desta musica e de beirut mais do que o tema desta publicação, embora não ouvisse beirut desde a grande desilusão( o dia em que os vi ao vivo iguais a eles mesmos, iguais ao album, chapa5, qual Ana Bacalhau de saia rodada a cantar o mesmo reportório e o mesmo alinhamento nos concertos que fui quase obrigada a ver...por falar nisso qualquer dia diolinda cai-me na sopa, felizmente não há sopa de bacalhau).