sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Educar ou incutir







quando compro presentes para os pequenos da familia compro-os como se estivesse a ver os meus próprios filhos, desde bébés são opções que variam entre babygrows verde alface dos marretas, até t-shirts de molinhas dos beatles... Penso para mim se quando tivermos os nossos filhos vamos conseguir vesti-los de "dead from above"..."CSS",ou seja incutir nas suas pequenas t-shirts o nosso grande fascínio não só pela música mas por tudo o que mexe e é suficientemente colorido. Entendam-no como quiserem,
alguns pais mais concretamente americanos, (quem mais poderia ser obsessivo por qualquer coisa senão o americano)inscrevem as crianças, ou recém nascidos em concursos de beleza, descarregando frustrações de proporções obesas nos próprios filhos , falo de Toddlers and Tiaras, não me apetece alongar até porque o choque pelo quase ritual americano prende-me ao sofá todos os finais de tarde de Domingo. (para quem não sabe pode ver o video, para quem viu o Little miss sunshine, é uma versão realista  quase hardcore do filme). Não nos imagino obcecados por nada, mas sim crianças como eles.



Esta imagem deve-se à minha imensa corrida às lojas que vendiam esta camisola que quis oferecer no Natal...não consegui. Hoje assim a modos que por acaso estavamos a passear nos saldos e ele agarrou-a, o ultimo S. São pequenas coisas que conhecemos tão bem um do outro.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

olha, já passou





O Natal, passamos com a familia, aqueles que mais gostamos… infelizmente a família não funciona como os amigos, não podemos escolher os que queremos ter, aqueles que temos às vezes vergonha de dizer que são da família, não por serem ricos,mas sim por serem pobres de espírito. Pessoas doentes, pessoas que estão a envelhecer, crianças novas, caras novas, crianças que crescem, pessoas que amamos do fundo do coração, pessoas que nos olham de lado, por sermos o que somos e termos o feitio que temos, por termos amor, feitios que se encaixam na perfeição, e os outros que se desencaixam e era preferível que nem se vissem… infelizmente o Natal devia ser altura de amor e alegria, mas a falsidade e o desamor são coisas que volta e meia se juntam à mesa...com uma barreira de garrafas e travessas que felizmente impedem o cruzamento de olhares tal qual muro de Berlim. Pergunto-me porquê do Natal, porque não um carnaval, assim justificavam-se as máscaras e palhaçadas.Eu não sei se os factos da vida me fizeram crescer de mais, mas já não tenho paciência para tanta coisa... só que o sentimento de vergonha alheia persegue-me e eu tenho vergonha das atitudes alheias...recatar é um verbo de eleição... no fundo são as crianças que precisam de atenção, não os adultos que não cresceram, as crianças pequeninas, é para elas e por elas que lá estamos.



Já exiatiram natais piores, natais que via as cadeiras de queridos serem ocupadas por outros(igualmente queridos) mas que não substituem. Este Natal não foi de todo pior de todos, mas por más relações paralelas podia ser feliz e não foi… apenas suportável, com muitas infantilidades pelo meio. Afinal é um dia como os outros, afinal somos nós que o fazemos ou não diferente dos outros, como eu não fiz nada e evitei irritar-me mais com parvoíces, não foi nada de especial.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

quem sou eu, quando o sol se põe do céu.







 Há dias para o vazio, ris-te e fazes rir, falas mais até do que o normal, vês pessoas, convives, sais e está frio, entras e está demasiado calor...comes, a comida cai-te mal... bebes muito chá e ficas com vontades repentinas de ir à casa de banho como se tivesses em estado de graça.
 Não há paciência para esperar que o vidro desembacie, esticas o braço limpas o vidro e a mão fica congelada... no caminho alguma coisa para lanchar, a mão cola no volante, voltas a passar no vidro ainda húmido, já não cola. Ouves vezes sem conta os mesmos cd's, até tens um ipod e tudo, descarregado, perdido algures numa das tuas malas coloridas...junto com dezenas de papelinhos do que gastas o teu dinheiro. Porque ouves as mesmas músicas? tudo aquilo que sabes cantar afinadamente torna-se viciante e cada palavra faz mais sentido a cada repetição de cada letra, cada melodia, vicias-te nas músicas que um dia gostavas de ser tu a fazer de ti para ti, gostavas de cantar para alguém, só porque se calhar a tua voz tem piada, mas a vergonha toma conta de ti, como em todas as outras coisas para o qual sabes que até terias jeito, mas tens uma especial falta de talendo para te exprimires, para perderes a vergonha sem estares ébrio. Mais um dia, para o vazio... não há pior que chegares a casa e dizeres, é... correu mais ou menos, nada de especial.



Esta sou eu e os 3 cds em loop ao qual me refiro como vício, são os últimos álbuns do bfachada que me foram oferecidos no aniversário.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Natal é estar com as pessoas que gosto
         é ansiar a abertura dos presentes que dou, independentemente de serem feitos por mim,  caros, baratos ou simplesmente coisas que não vão ser usadas.
 o melhor é o calor da familia, o cheiro a canela, as multiplas conversas cruzadas , o brilho das àrvores e a mistura de padrões dos papeis de embrulho.
 Não gosto de bacalhau cozido, nem de batatas cozidas, nem couve... detesto o cheiro da mistura com o azeite mais o alho picado e no fim resta-me a cenoura e o ovo... e sou flexitariana invertida.Não gosto do frio, não gosto das relações frias paralelas e directas que existem em todas as famílias inevitávelmente e que temos de levar com elas...

basicamente o Natal para ser Natal, devia ser apenas um aglomerado das primeiras frases, apenas com as pessoas que gostamos mesmo e de preferencia com a comida que mais gostamos... podia ser salmão cru...
arroz avinagrado com uma alga... mas pronto.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

até ao Natal estou em sofrimento





o Natal é terrível


como é que consegues ter presentes especiais para pessoas especiais comprar com dias E DIAS de antecedência/fazer por serem especiais, e ter de sofrer tanto para conseguir manter segredo.

até ao Natal estou em sofrimento, depois vou encher-me de leite-creme e bolinhos de girimu ou lá o que é aquela coisa que é igual à abobora.

o mais engraçado disto tudo é que já nem electrónico sou verde





olá, eu sou um recibo verde, que posso até não ser verde quando impresso em "modo económico", posso até nem ser impresso e ser actual e virtual e todo pela internet... deixo inumeras pessoas verdes quando 23% do meu total numérico vai para o bolso de outrem ... não dou meses extra, reduzo-me em especial no Natal eu e mais uns quantos como eu, para fazermos uma vaquinha para oferecer um presente a um senhor ministro qualquer. Sei que há coisas verdes mais simpáticas... tipo a natureza... mas pronto...sou português, não há nada a fazer.

Eu e a Inês somos dois espécimes raros de uma amazónia qualquer




desde muito cedo que nos habituamos a criar amizades, são os vizinhos, os filhos dos amigos dos pais, os são os amigos da escola, os amigos dos amigos, são os amigos e companheiros de festa da faculdade, e mais tarde os colegas de trabalho que são de todo o conjunto de amizades os mais difíceis de conquistar, os mais difíceis de aceitar... isto porque a vida é madrasta e obriga-nos a lutar na maioria das vezes por dinheiro...é por dinheiro que somos traídos, é por dinheiro que falam mal de nós, é por dinheiro que as amizades no trabalho são quase um fenómeno impossível, talvez não só por dinheiro... talvez também a ele se junte uma pitada de maldade. Então quando existem hierarquias é semelhante a viver numa selva, ser-se um guaxinim e ter uma enorme carinho por um crocodilo...
É irónico não sermos amigos das pessoas com quem no fundo acabamos por passar mais tempo no mais pequeno espaço, mais do que o marido, mais do que a familia, mais do que os outros amigos dos outros grupos...
é por ser tão difícil que quando conseguimos um laço de confiança, de amizade se torna complicado imaginar que a pessoa pode a qualquer momento deixar de fazer parte do nosso dia-a-dia...


é assim a vida, já me separou de algumas pessoas... aos poucos, separou definitivamente e nenhuma delas custou tanto...mas por outro lado há qualquer coisa que me diz que (profissionalmente) vamos voltar a encontrar-nos fora de um rectângulo com duas portas e alguns móveis que é o espaço que já teve post-its, cor, brinquedos do happy meal, coisas estranhas coladas com fita-cola... e vários animais em extinção dos mais diversos materiais.

Mais dificil que ter uma amizade no trabalho, é ter uma amizade de trabalho que seja amizade de passar férias,de chorar, de chorar a rir, de servir de muro das lamentações, de ir às compras, de ir prós copos, de ir almoçar a sitios giros e de jantar sushi, e até de complôs de surpresas com o namorado!



à Inês*