sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Educar ou incutir







quando compro presentes para os pequenos da familia compro-os como se estivesse a ver os meus próprios filhos, desde bébés são opções que variam entre babygrows verde alface dos marretas, até t-shirts de molinhas dos beatles... Penso para mim se quando tivermos os nossos filhos vamos conseguir vesti-los de "dead from above"..."CSS",ou seja incutir nas suas pequenas t-shirts o nosso grande fascínio não só pela música mas por tudo o que mexe e é suficientemente colorido. Entendam-no como quiserem,
alguns pais mais concretamente americanos, (quem mais poderia ser obsessivo por qualquer coisa senão o americano)inscrevem as crianças, ou recém nascidos em concursos de beleza, descarregando frustrações de proporções obesas nos próprios filhos , falo de Toddlers and Tiaras, não me apetece alongar até porque o choque pelo quase ritual americano prende-me ao sofá todos os finais de tarde de Domingo. (para quem não sabe pode ver o video, para quem viu o Little miss sunshine, é uma versão realista  quase hardcore do filme). Não nos imagino obcecados por nada, mas sim crianças como eles.



Esta imagem deve-se à minha imensa corrida às lojas que vendiam esta camisola que quis oferecer no Natal...não consegui. Hoje assim a modos que por acaso estavamos a passear nos saldos e ele agarrou-a, o ultimo S. São pequenas coisas que conhecemos tão bem um do outro.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

olha, já passou





O Natal, passamos com a familia, aqueles que mais gostamos… infelizmente a família não funciona como os amigos, não podemos escolher os que queremos ter, aqueles que temos às vezes vergonha de dizer que são da família, não por serem ricos,mas sim por serem pobres de espírito. Pessoas doentes, pessoas que estão a envelhecer, crianças novas, caras novas, crianças que crescem, pessoas que amamos do fundo do coração, pessoas que nos olham de lado, por sermos o que somos e termos o feitio que temos, por termos amor, feitios que se encaixam na perfeição, e os outros que se desencaixam e era preferível que nem se vissem… infelizmente o Natal devia ser altura de amor e alegria, mas a falsidade e o desamor são coisas que volta e meia se juntam à mesa...com uma barreira de garrafas e travessas que felizmente impedem o cruzamento de olhares tal qual muro de Berlim. Pergunto-me porquê do Natal, porque não um carnaval, assim justificavam-se as máscaras e palhaçadas.Eu não sei se os factos da vida me fizeram crescer de mais, mas já não tenho paciência para tanta coisa... só que o sentimento de vergonha alheia persegue-me e eu tenho vergonha das atitudes alheias...recatar é um verbo de eleição... no fundo são as crianças que precisam de atenção, não os adultos que não cresceram, as crianças pequeninas, é para elas e por elas que lá estamos.



Já exiatiram natais piores, natais que via as cadeiras de queridos serem ocupadas por outros(igualmente queridos) mas que não substituem. Este Natal não foi de todo pior de todos, mas por más relações paralelas podia ser feliz e não foi… apenas suportável, com muitas infantilidades pelo meio. Afinal é um dia como os outros, afinal somos nós que o fazemos ou não diferente dos outros, como eu não fiz nada e evitei irritar-me mais com parvoíces, não foi nada de especial.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

quem sou eu, quando o sol se põe do céu.







 Há dias para o vazio, ris-te e fazes rir, falas mais até do que o normal, vês pessoas, convives, sais e está frio, entras e está demasiado calor...comes, a comida cai-te mal... bebes muito chá e ficas com vontades repentinas de ir à casa de banho como se tivesses em estado de graça.
 Não há paciência para esperar que o vidro desembacie, esticas o braço limpas o vidro e a mão fica congelada... no caminho alguma coisa para lanchar, a mão cola no volante, voltas a passar no vidro ainda húmido, já não cola. Ouves vezes sem conta os mesmos cd's, até tens um ipod e tudo, descarregado, perdido algures numa das tuas malas coloridas...junto com dezenas de papelinhos do que gastas o teu dinheiro. Porque ouves as mesmas músicas? tudo aquilo que sabes cantar afinadamente torna-se viciante e cada palavra faz mais sentido a cada repetição de cada letra, cada melodia, vicias-te nas músicas que um dia gostavas de ser tu a fazer de ti para ti, gostavas de cantar para alguém, só porque se calhar a tua voz tem piada, mas a vergonha toma conta de ti, como em todas as outras coisas para o qual sabes que até terias jeito, mas tens uma especial falta de talendo para te exprimires, para perderes a vergonha sem estares ébrio. Mais um dia, para o vazio... não há pior que chegares a casa e dizeres, é... correu mais ou menos, nada de especial.



Esta sou eu e os 3 cds em loop ao qual me refiro como vício, são os últimos álbuns do bfachada que me foram oferecidos no aniversário.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Natal é estar com as pessoas que gosto
         é ansiar a abertura dos presentes que dou, independentemente de serem feitos por mim,  caros, baratos ou simplesmente coisas que não vão ser usadas.
 o melhor é o calor da familia, o cheiro a canela, as multiplas conversas cruzadas , o brilho das àrvores e a mistura de padrões dos papeis de embrulho.
 Não gosto de bacalhau cozido, nem de batatas cozidas, nem couve... detesto o cheiro da mistura com o azeite mais o alho picado e no fim resta-me a cenoura e o ovo... e sou flexitariana invertida.Não gosto do frio, não gosto das relações frias paralelas e directas que existem em todas as famílias inevitávelmente e que temos de levar com elas...

basicamente o Natal para ser Natal, devia ser apenas um aglomerado das primeiras frases, apenas com as pessoas que gostamos mesmo e de preferencia com a comida que mais gostamos... podia ser salmão cru...
arroz avinagrado com uma alga... mas pronto.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

até ao Natal estou em sofrimento





o Natal é terrível


como é que consegues ter presentes especiais para pessoas especiais comprar com dias E DIAS de antecedência/fazer por serem especiais, e ter de sofrer tanto para conseguir manter segredo.

até ao Natal estou em sofrimento, depois vou encher-me de leite-creme e bolinhos de girimu ou lá o que é aquela coisa que é igual à abobora.

o mais engraçado disto tudo é que já nem electrónico sou verde





olá, eu sou um recibo verde, que posso até não ser verde quando impresso em "modo económico", posso até nem ser impresso e ser actual e virtual e todo pela internet... deixo inumeras pessoas verdes quando 23% do meu total numérico vai para o bolso de outrem ... não dou meses extra, reduzo-me em especial no Natal eu e mais uns quantos como eu, para fazermos uma vaquinha para oferecer um presente a um senhor ministro qualquer. Sei que há coisas verdes mais simpáticas... tipo a natureza... mas pronto...sou português, não há nada a fazer.

Eu e a Inês somos dois espécimes raros de uma amazónia qualquer




desde muito cedo que nos habituamos a criar amizades, são os vizinhos, os filhos dos amigos dos pais, os são os amigos da escola, os amigos dos amigos, são os amigos e companheiros de festa da faculdade, e mais tarde os colegas de trabalho que são de todo o conjunto de amizades os mais difíceis de conquistar, os mais difíceis de aceitar... isto porque a vida é madrasta e obriga-nos a lutar na maioria das vezes por dinheiro...é por dinheiro que somos traídos, é por dinheiro que falam mal de nós, é por dinheiro que as amizades no trabalho são quase um fenómeno impossível, talvez não só por dinheiro... talvez também a ele se junte uma pitada de maldade. Então quando existem hierarquias é semelhante a viver numa selva, ser-se um guaxinim e ter uma enorme carinho por um crocodilo...
É irónico não sermos amigos das pessoas com quem no fundo acabamos por passar mais tempo no mais pequeno espaço, mais do que o marido, mais do que a familia, mais do que os outros amigos dos outros grupos...
é por ser tão difícil que quando conseguimos um laço de confiança, de amizade se torna complicado imaginar que a pessoa pode a qualquer momento deixar de fazer parte do nosso dia-a-dia...


é assim a vida, já me separou de algumas pessoas... aos poucos, separou definitivamente e nenhuma delas custou tanto...mas por outro lado há qualquer coisa que me diz que (profissionalmente) vamos voltar a encontrar-nos fora de um rectângulo com duas portas e alguns móveis que é o espaço que já teve post-its, cor, brinquedos do happy meal, coisas estranhas coladas com fita-cola... e vários animais em extinção dos mais diversos materiais.

Mais dificil que ter uma amizade no trabalho, é ter uma amizade de trabalho que seja amizade de passar férias,de chorar, de chorar a rir, de servir de muro das lamentações, de ir às compras, de ir prós copos, de ir almoçar a sitios giros e de jantar sushi, e até de complôs de surpresas com o namorado!



à Inês*


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

dissertações e teorias sobre amor e suas respectivas relações/ralações






Eu tenho uma certa atracção e até malvadez no que toca a teorias das mais diferentes espécies, mas a minha preferida é sobre o amor e para mim há coisas que no "amor"são tão evidentes, no amor não, nas relações.
 Relações há que acabam por ser inevitavelmente comparáveis às musicas-pimba, cuja rima é previsivel e a letra é dentro de todo o seu tema quanto-mai-ridiculo-melhor, fácil de decorar. Bolas, quando algum senhor canta "tu és o meu amor, a minha paixão..." nós sabemos que a frase vai acabar em "do meu coração"...tudo isto para tentar explicar que algumas relações também funcionam dessa forma, são previsíveis. Talvez seja uma coisa de gaja, sem querer generalizar... mas acho que paramos muito mais tempo a pensar nas razões, a reparar nos defeitos, nos detalhes, a mesquinhar e a fazer novelas que eles e se não o fazemos mais que os homens pelo menos deita-mo-lo muito mais cá para fora (salvo-seja)







1-De antemão quando já nada temos a ver com uma pessoa além do "Olá, lembrei-me", nem que seja até por funerais, casamentos ou aniversários e recebemos uma mensagem da actual namorada a dizer"queres conversa?blablabla" é obvio, e vem à baila a treta das "primeiras que são umas senhoras e as segundas umas vassouras"e se o não são sentem-se como tal, que é como quem diz, estão com a segurança/auto-estima/amor próprio ao nível do chão. Haverá necessidade de fazer figura de ursa ou mostrar que se está mal? o que é que se pensa enquanto gaja? Bem, ou ela é uma stoker possessiva e passa metade dos dias a pensar no quanto a ex é melhor do que ela e a outra metade a chorar ao espelho ou então ele passa a vida a tocar no ex assunto. Depois até damos por nós a pensar, "porra, ele não arranjava melhor? "

2-Outra das coisas a que damos particular atenção é ao "fogo, eles começaram à duas semanas e já dizem que se amam"pimba...foram por aí fora na loucura do vale dos lençóis à primeira e à terceira semana já se odeiam. Eu não quero ferir susceptibilidades a quem dê com isto e perca o seu valioso tempo a ler-me, mas se tu aí estiveres a passar por isto... não te preocupes, o próximo vai ser melhor!

3- e o"Oh, se eu sabia... "????

 e pronto, dás de caras com alguém (literalmente) que te provoca uma série de borboletas na barriga, uma vez por mes, uma vez por semana, até se tornar quase uma vez de meio em meio ano..."ah, mas não te envolvas muito que eu não sou de coisas sérias"
...então vai à tua vida, quando ele sabe que encontras um espécime da sua raça mas inigualável, cai o carmo e a trindade... "eu não sabia, se eu soubesse tinha sido de outra forma, tu és especial..." e que? até te casavas! "looule!



Mas se passamos por isto quanto mais não seja na adolescencia (pessoalmente já senti a vergonha alheia do ponto1 bem depois dessa fase, o que é mau em triplicado), estamos vacinadas para o pior, e venha ele, a bordo do seu cavalo branco (que esperemos pelo menos que não seja um fiat uno com o pára-choques enrolado em fita-cola castanha), mas que já tenha passado por todas as alineas  até chegar até nós, quanto mais não seja para pegarmos num balde de pipocas de microondas e sentar-mo-nos no sofá a rir de coisas sem piada nenhuma e sem vergonha na cara e para mim o amor é isso, um monte de coisas imprevisíveis, novas, e sem vergonha, mas a 2.







gosto desta musica e de beirut mais do que o tema desta publicação, embora não ouvisse beirut desde a grande desilusão( o dia em que os vi ao vivo iguais a eles mesmos, iguais ao album, chapa5, qual Ana Bacalhau de saia rodada a cantar o mesmo reportório e o mesmo alinhamento nos concertos que fui quase obrigada a ver...por falar nisso qualquer dia diolinda cai-me na sopa, felizmente não há sopa de bacalhau).


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

verbo dar




dar torna-se um verbo péssimo quando seguido de qualquer coisa que se pareça com agressão... seja ela verbal ou fisíca... outro tipo de agressão que nos habituamos desde cedo( ou que nos habituamos desde que passamos a ter o grilo da consciencia como companhia ) é a chapada de luva branca...ou chapada no próprio grilo... bolas na consciencia!

pois é, dar-como-garantido é outra das formas que não faz bem, quanto menos dermos por garantido menos  levamos chapadas de luva branca.

há coisas como o amor, o emprego, a saúde, o dinheiro e a vida todas essas coisas que nos arrepiam quando pensamos na sua falta... ah coitado (*arrepio*) ficou sem isto ou sem aquilo (*pior seria se fosse eu*)nem quero pensar, penso, não sinto agora, sinto amanhã... as coisas realmente não acontecem só aos outros, os pontos finais foram inventados pelo homem, o mesmo que tem a capacidade de criar e limpar coisas da sua vida, o mesmo que é escolhido para ser rico e ter poder, o mesmo que é escolhido para ser esquecido desaparecido na sujidade e na barba comprida, o mesmo que não só põe pontos finais nas frases que constroi mas também os coloca nas frases da vida dos outros.


é certo que me sinto um pouco idiota em pôr esta imagem, obvia, mas estou sem imaginação para mais.

domingo, 16 de outubro de 2011

Pôr-do-sol na praia (que não é mas podia ser um titulo para uma música pimba)

desde que ganhei o hábito de começar a correr e faço-o dia nim dia sim, no "calsadão" junto à praia e como toda a gente tenho de ter algo que me distraia quer dizer, não tenho propriamente que ter, mas é inevitável reparar nas pessoas que estão sentadas no passadiço de madeira viradas para o mar ou no banco do passeio de costas para o mar...é estranho como acabam por se dividir por grupos e como quase todos eles estão ali pela mesma razão...
estava a correr no meio da praia e vi um homem na ponta do passadiço sentado a olhar para o mar, com ar de meditação ou de pessoa que espera estar a ser observada por outra pessoa do sexo feminino que está sentada da mesma forma uns metros mais à frente... (aposto que se conhecem, quase que dava a ponta da unha do dedo mindinho de como eles até são um casal e nenhum dos dois quer detonar o orgulho e dizer...pronto pronto... vamos lá deixar de ser parvos e perder tempo e fazer as pazes).




Uma coisa muito gira e´que toda a gente diz que adora o mar... adora passear ao fim da tarde junto ao rebentamento da onda... é tudo muito bonito, poético e em tons de gradiente de por-do-sol ....ora rosa-azul-amarelo-alaranjado( não necessariamente por esta ordem)... a verdade é que as pessoas na generalidade passam muito pouco tempo a respirar o ar do mar e a apreciar a paisagem.

Já os de cá de cima, os de costas para o mar, são mais que as mães também... aos casais, sempre, sempre a discutir problemas do foro matrimonial como se estivessem na armonia do lar que um dia sonham ter.Eu quase que jurava que aquele encontro junto à praia começa com um esseémeésse "temos de falar, vou ter contigo à paragem do metro"... depois é todo um desenrolar de assuntos entre o "eu sei que não a esqueceste" e o "porque é que és assim comigo..."
 é de mim ou são clássicos, não são?
 eu  tento não olhar e quando olho sem querer por vezes sinto medo de ser engolida pelos olhares de fêmeas ferozes  e ficar envolvida na discussão"tavas a olhar pa ela? gostas é?"

tudo isto para dizer que aquela coisa que dá na tv é o dia a dia de muita desta gente, relações que são ralações, pessoas que não sabem viver sem problemas, porque é tudo muito aborrecido sem problemas e sem passar o dia a tentar moldar uma pessoa à sua imagem e semelhança" o meu homem é o meu homem,se ele me faz uma dessas mato-o"(isto dito com aquele sotaque que sabemos)

depois também há os que vão só correr ao fim da tarde... porque tem uma vida stressada e precisam de saúde mental para aturar as frustrações dos outros :)


(de todas as imagens que procurei, esta imagem pareceu-me ser a mais indicada, porque além do pôr-do-sol na praia, tem ainda um princepe a cavalo, o que dá mais ênfase à coisa.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

esta tinha eu 23 quando a compramos...

texto que podia ter como título o mesmo título da entrevista  deste senhor, que podem ler no link, mas sinceramente prefiro guardalo com carinho para um outro texto futuro

"IF YOU WANT TO LIVE A LONG TIME, LOVE AND BE LOVED"

moreintelligentlife.com/story/bright-old-things

agora que tenho uma certa idade( isto já começa quase como o "era uma vez " dos meus textos), idade parva que não dá para perceber se já se é suficientemente maturo para que as decisões tomadas possam ser tomadas como certas, definitivas ou assim... a verdade é que a nossa opinião já conta, já não precisamos de berrar os nossos bitaites para que os outros os ouçam com ouvidos de ouvir e digam, "porra não é que a miuda até tem razão?!?", mas isto já sou eu a divagar por outros caminhos.
 O que eu estava mesmo a falar era da certa idade em que desejamos e podemos uma imensidão de coisas que não passavam de sonhos do maravilhoso e não tão longiquo assim "quando for grande"... trata-se de bens adquiridos, materiais ou não... mas neste caso sim, bens materiais...




é certo que estamos em crise, que as pessoas vendem tudo, até os palpites, chiclets mastigadas de pseudo-famosos, curas duvidosas para doenças derivadas da crise... negócio atrás de negócio, olx, atrás de leilões.net atrás de custojusto e de miaus... mas eu não sei se é de mim, se é coisa genética, se são "manias de artista" ou coisas de criançada... sempre tive um apego inexplicável pelas minhas coisas, nunca gostei muito de que me emprestassem, de vender, de deitar fora ou despachar coisas minhas. Agrava-se agora pelo facto de ser eu a comprar as minhas próprias coisas... não me imagino a largar nada daquilo que adquiri com o meu esforço, tudo parece ter um significado especial em centriplicado...
A nossa mais recente "mania" se é que se pode chamar mania e se é que se pode chamar recente são as antiguidades vou chamar-lhe sindrome de Portobello market, as máquinas fotográficas (em especial a canon A1 que vimos fugir dos nossos olhos) os carros, os objectos e agora as bicicletas... e sempre que vejo ou compramos alguma dessas coisas seja nova ou velha ocorre-me o sentimento de não querer largar mais...em simultâneo a pergunta... como é que esta pessoa consegue desfazer-se disto? porquê? não tem pena? não tem coração? conteúdo? história de vida?
Não me vejo a fazer parte do "à muitos anos tive uma destas...que engraçado", engraçado nada, é horrível a capacidade que o ser humano tem de se desfazer de coisas magnificas recheadas de histórias e por outro lado, fantástico para nós, que as queremos sempre adquirir por preços de chuva.



(o sr da foto não-me é ninguém, mas pareceu-me uma daquelas pessoas que ainda tem tudo guardado numa escrivaninha de madeira velha daquelas que os casulos das borboletas da traça adoram pernoitar debaixo do tampo)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

a complexidade das células do nosso cérebro e os fasciculos do planeta dagostini que nunca vi



muita gente diz que sofre de ansiedade," ai, sempre que tenho de fazer isto fico ansiosa... ai , estou tão ansiosa por amanhã que nem vou dormir de noite"talvez por isso esta doença dos tempos modernos seja desvalorizada, talvez por isso 60 senão 95% dos médicos resolva a coisa com doses infindáveis de levitans e victans... ponha um de baixo da lingua sempre que se sentir aflita... aflitivo é pensar que temos insónias e arritmias por pensar que não nos vamos conseguir levantar no dia seguinte, não conseguirmos estar sossegados em público, passear num shopping, falar, conviver, como tantas outras pessoas "normais". Na sexta conheci o doutor, ganhei coragem e cheguei ao meu limite, não estou mais para passar por isso "mas afinal sou uma mulher ou um rato" pois é, sou um rato mas que com ajuda consigo chegar a ser uma ratazana nojenta :B... e o mal é pensarmos que não precisamos de ajuda
Nas suas palavras sábias de vários anos a debitar o mesmo senti-me quase como a viajar por um daqueles fasciculos do "corpo humano", não me lembro de um único, mísero nome técnico daquelas anomalias quimicas e  daquelas células do meu cérebro que se misturam e se produzem em excesso ou então que devem ser gastas e não o são... só sei que nunca antes me tentaram explicar fosse o que fosse do meu problema"sabe, agora toda a gente tem isto, e você esta´em sofrimento"ora eram boas atrás de boas constactações... mas desta vez fez se uma luz pequena que fosse ao fundo do tunel, comecei a perceber que tenho um problema, que tenho uma razão para esse problema e que todos os outros problemas que se iam acrescentando à minha vida(sintomas e mais sintomas estranhos) faziam parte do mesmo. Estou em inicio de tratamento e já me sinto capaz de fazer todas as outras coisas que julguei não ser capaz tão cedo... e ganhei um doctor que me diz coisas que qualquer adolescente gostaria de ouvir... "tens de conviver""tens de sair, passear mais , ir ao ginásio andar muito a pé e ir às discotecas!" (logo eu )






ps quando vos disserem para terem calma... esqueçam, não adianta nada, o melhor mesmo é pensarem no problema que é um problema do cérebro e que nada mais vos vai acontecer.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

cortou o fio e caíram-lhe as orelhas




lembro-me de quando era muito pequena e que me aliciavam com a ideia de que quem não estuda não é ninguém... ir para a faculdade para ser doutor e essas coisas... mas hoje depois de muitos anos e muitas horas de aulas, muito tempo a queimar memória cerebral que horas depois dos exames se auto-formatava... dou por mim a construir o inverso da frase... "quem não  é ninguém também é doutor " que é como quem diz não implica propriamente a inteligencia, talvez implique o verbo estudar, o marrar, o copiar e infinitas conjugações do verbo engraxar ou bajular ... "doutores " são mais que as mães, avós, tias e primas... assim como pessoas estranhas, ignorantes q.b.
isto vem a propósito do programa televisivo mais polémico da actualidade... dei por mim a pensar, como é que eles são advogados...professores...psicólogos...
o mercado está saturado de "licenciados, mestres doutorados e títulos bonitos", as profissões antigas vão se perdendo, multiplicam-se os desempregados e poucos são os intitulados que realmente tem vocação para a coisa. Também me chateia muito o "ah pois é, andou na privada..."cabe-me sempre a carapuça de forma quase obrigada... ninguém me facilitou a vida por ter pago anos de estudo, talvez devido a esses mitos veio um acréscimo parvo de dificuldade e estupidez... não posso dar-lhe, "não posso dar-lhe ,ora um 16, ora um 17,ora um 18,ora 19..."não damos essas notas a ninguém, se faltar mais que "x"vezes reprovamo-la", "não adiamos a data da entrega", "não adiamos o exame","não há excepções".

sábado, 13 de agosto de 2011

o patinho feio e o seu album de fotos.




(claro que toda e qualquer chacota da minha parte que possa ser interpretada nestas fotos é inveja no seu mais puro estado de não ter sido uma teenager americana nos anos 80)

todos nós, penso eu , temos uma ou outra fase das nossas vidas(alguns momentos registados fotográficamente) do qual não nos orgulhamos particularmente... uns por serem caixadóculos, outros por serem anafadinhos... sorrisos metálicos dos cabelos à bina e outras modas menos felizes... eu particularmente não me orgulho da foto de passe em que me encontro com uma folha de cannabis a esganiçar-me o pescoço. Não tenho orgulho, mas também não tenho propriamente vergonha, rio-me e partilho com os próximos... sei que daqui a alguns anos vou estar num qualquer outro planeta, com uma poupa e uma permanente (80's powaaa!) a deliciar-me com fotos dos anos 80 "ó ceus, porque é que não guardamos estas camisas floridas de colarinhos megalómanos e estes blazers de forra de sófá!e a rir-me que nem uma perdida das fotos de hoje... pois é... o ser humano tem o poder estúpido e ao mesmo tempo deliciante de mudar de opinião como quem muda de camisa(mas camisa com grandes ombreiras) hoje andamos de leggings e amanhã de bocas de sino... porque a moda é ciclica.

Agora passemos aquela coisa do "bom gosto não se compra... educa-se..." se não é assim é mais ou menos... e foi o que aconteceu com esta menina, e era o que devia acontecer com grande parte dos senhores antónyos carreiras.








(o antes e o depois da "Imigração" de Luisa Sobral, que é como quem diz ...de Shakira a Norah jones)




quarta-feira, 3 de agosto de 2011

ó como te amo justin bieber...



" Meninos com cara de meninas"
é a formula do sucesso dos jovens cantores/morangos com açúcar... o segredo não está em representar bem ou ter voz de rouxinol, está na falta de pelo (o buço à menino campónio não conta), na pele de rabinho de bébé(sem espinhas) os dentes alinhados à régua... as pestanas reviradas, olhos brilhantes que nem purpurinas, lábios meio rosa bébé... o cabelo comprido, se possivel loiro, e um acentuado ar feminino... mas claro está que só resulta até aos 15/16 anos, depois ganha-se juízo e passa-se a gostar de homens com barba, mãos ásperas nem que seja de mudar as lâmpadas lá de casa...mas todas nós tivemos a nossa fase justin bieber... mais conhecida por Nick Carter... ou Leonarrrrrdo Dicaprio.oh!

3 meses de Férias




quando olho para trás, para esse tempo dos brinquedos..."antigamente" e me lembro das férias... ai... as férias...tudo me parece uma enorme miragem sem retorno... a menos que uma pessoa se torne...professora... auxiliar de educação...sei lá, algo que envolva escola... eu sempre quis dar aulas... por parte para ter tempo livre, porque vocação...bem... vocação não sei!?!
lembro-me do ano em que passei de 3 meses a uma semana e doeu... doeu muito...(foi à dois anos apenas... mas é tão duro que parece uma vida) então é assim que hoje olho para trás... ou para o lado (quando estou a conduzir) e vejo a "canalha" de tons camaronicos a bater bolas de volley no chão,  de cabelos lambidos pela água do mar com restias de areias(daqueles compridos à frente dos olhos que lhes provocam um mau estar estúpido ) e penso...estúpido de um raio...
quem me dera ter outra vez...20 anos!?!? sendo que já passaram mais quase quatro mas mais parecem 50.

tudo isto para dizer que preciso urgentemente de duas míseras semanas de férias.




não sei quem é o puto da foto, mas se fosse meu filho(adoro esta expressão... passei a usa-la à exactamente 2 anos, data em que comecei a ser grande), não lhe fazia absolutamente nada... porque já tive 13 anos, já tive as minhas crises pseudo freaks e sei bem como é dificil aturar os pais.



quinta-feira, 7 de julho de 2011

Paixões platónicas de infância...como tal não correspondidas

umas mais ridiculas que outras, mas todas impossiveis...agora vá-la... que atire uma pedra a menina que não teve uma paixão pelo mascarado das navegantes da lua...
(ai não? olha, ao menos nunca me apaixonei por um professor... mas isso é porque eram todos desinteressantes)


                                                          O Tiago dos Millllllénium...(é provavel que não saibam quem é
mas eu cheguei a tocar na camisola dele e foi a loucura)
o mascarado das navegantes da lua, e a sua rosa que por uma razão qualquer não aparece na imagem (já a devia ter lançado)
o Leonardo Dicaprio mas só na fase do Titanic.
o trunks do Dragon Ball, eu sempre gostei de desenhar, daí que não fosse nada do outro mundo ter uma paixão platónica por desenhos animados... é normal n é? pronto... não é.

vidróculas




em mil nove e noventas estava eu todas as manhãs na beira da cama a ver episódios ora do dragon ball, ora das navegantes da lua, ora da cinderela, ora do zorro... de tanto ver ao perto hoje preciso de óculos... preciso sériamente de óculos, nos entrevalos dos desenhos animados e das brincadeiras mais saudáveis eu desenhava... desenhava no chão... uma perna para cada lado a folha espetada no chão e as minhas costas hoje fazem um perfeito S ...um S de essssscoliose (entenda-se desvio na coluna)... tenho mais umas tantas porcarias de saúde que não vem pró caso que não se devem a brincadeiras de crianças mas sim à vida triste de adulto... a verdade é que aprendi a lição... a avó melinha dizia sempre" ...inha põe-te direita que isso faz mal... afasta-te da televisão... mas eu além de não ter amor às costas nem aos olhos ainda fazia ouvidos moucos para juntar à festa :) e pronto... agora que sou velha aprendi a lição e vou certamente ensinar às minhas futuras crias.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

o verão, as areias e as piscinas.

chegado o verão e um calor de 35º no local de trabalho( se eu fosse sra ministra concentrava todos os locais de trabalho num sitio com temperatura igual ou inferior a 20 graus, para que o sofrimento/distracção dos trabalhadores fosse menor e o rendimento fosse maior) a vontade de me enfiar d baixo de um daqueles sortudos campos de milho banhados pelo sistema de rega... só vem à cabeça água, sol, gelados, areia, mergulhos... coisas assim muito desagradáveis...

 Lembro me dos 90's, dos inicios... nós...crianças, ingénuas, que não viamos nada destes desenhos animados do futuro pensamos um dia que se tapasse-mos todos os buraquinhos do terraço por onde escorria a àgua, conseguiriamos encher o dito com uma mangueirinha  e assim fazer uma grande piscina... um dia ocorreu-me que possivelmente numa frincha mais subterrada do cimento pudesse eventualmente provocar ao vizinho de baixo sérios riscos de infiltração ou quem sabe até afogamento...
mas quando somos pequenos achamos que tudo é possível...
 sermos ricos de profissão, estrelas de cinema, caminhar nas nuvens (esta ultima mesmo depois de adultos temos dúvidas) e por isso mesmo temos em igual número...criatividade e desculpa para dar e vender.
Nos dias de calor foram muitos os sonhos com piscinas ao mergulhar no tanque de cimento cinzento... hoje revejo-me em todas as criançinhas fanadas e de abraçadeiras da disney , roxinhas da ponta dos cabelos até à ponta das unhas dos pés, com os dedos murchos, a tremer e a dizer "ui, está ta ta ta tão quen quen quen quentinha a ááá´ água, nem tttttenho vontade de saí r r r"


o que eu n dava por umas férias da escola agora , entenda-se "férias grandes"

quarta-feira, 22 de junho de 2011

filmes e terror.

à 18...19 anos atrás escondia-me de baixo da almofada sempre que passavam imagens de filmes de terror na televisão, se calhasse de ouvir alguma coisa já tinha pesadelos, deixavam me adormecer no sofá... medo do escuro, medo dos monstros...poucos anos depois já aproveitava férias para ver filmes de terror, fechavamos a persiana para o impacto ser maior...na adolescencia os medos rondam na borbulha nova na testa ou no "será que ele gosta de mim?"...mais tarde obrigam-nos a medos inevitáveis como a perda...a perda de emprego, a perda de amizades e pior que tudo, a perda inevitável das pessoas queridas...o sentimento de perda é algo que nos vê e faz ou nos obriga crescer e sentir , voltar a sentir o medo do filme do terror, do oculto, do desconhecido,da noticia má e inevitável, do nunca mais te ver, do "para onde foste" e do sentir que estás aqui e não te vejo.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

queres namorar comigo? sim "quadradinho" não "quadradinho" talvez "quadradinho" porque?______








lembro-me de todos os nomes de todas as paixões que tive em pequena, "paixonetas" de que antes escondia no meu coração/cabeça  fechado com um daqueles aloquetes tão fixes dos diários que quando se perdia a chave, abria-se perfeitamente com um gancho do cabelo... era assim que me sentia, não que não fosse discreta, mas achava-me sempre transparente...todas essas coisas se reflectiam inevitavelmente com factores fisicos que caracterizam "a paixão"as borboletas na barriga que eu nunca achei que fossem borboletas, mas sim grandes lombrigas! o nó na garganta que é semelhante à sensação de ter engolido uma pastilha elástica... sentir a cara a corar, um frio/calor estranho e uma espécie de tremor...
Nós crescemos, a paixão muda aos poucos, em pequenos a paixão reflecte-se em coisas estranhas, "quanto mais me bates mais eu gosto de ti", recebemos cartas de amor e sonhamos com cartas de amor, e sim, levamos muitos pontapés (isto não é apenas e unicamente metafórico...), puxões de cabelo...etc's...
ainda hoje tenho algumas coisas que me ofereceram em criança, não própriamente nódoas negras... tenho os diários onde não escrevia, mas guardava os papelinhos que me ofereciam... se pudesse pedia desculpa a todos os rapazinhos a quem ofereci um pontapé no meio das pernas como retribuição (em especial ao Denís que me salvou de ser atropelada), felizmente não tive o mesmo tipo de reacção com a última pessoa que me ofereceu as mais bonitas provas de amor... se não hoje já não poderia sonhar com ele para pai dos meus filhos ;)

hoje que sei tanto de ti do adormecer e do acordar,  estranho ao ver "as tuas cartas", estranho lembrar-me do antes de nós não sermos nós, estranho e reapaixono-me, do verbo reapaixonar (estar apaixonado de novo) coro, sorrio, sinto o frio da altura e depois espero que me esperes vir do trabalho para te roubar o sorriso. Como é que é possivel não estar sempre apaixonada por ti?


estar apaixonado é das melhores coisas do mundo por muito que nos faça sofrer todas essas alterações e coisas e" cenas" involuntárias... se eu pudesse ficava apaixonada por ti o resto da vida, até não nos sobrarem cabelos de cor...até não termos dentes ...(ok, é melhor ficarmos por aqui até que isto atinja proporções extremas)...










"O Ernesto não pára de chatear a Salomé.
Puxa-lhe o cabelo
arranca-lhe os óculos, de propósito...
A mãe disse-lhe que talvez o Ernesto estava apaixonado por ela.

Mas o que significa: estar apaixonado?

Todos os amigos da Salomé
sabem muito sobre o assunto
e cada um dá a sua opinião:
Estar apaixonado é...


- Os apaixonados só existem nos contos!- afirmou o Guilherme.
- Pois é!
- Com príncipes e princesas.
- Com roupas lindas?
- E com espadas?
- Com reis e rainhas?
- E dragões!
- Então os apaixonados não existem?- perguntou a Salomé.
 

A Justina acha que estamos apaixonados quando nos sentimos tristes ou muito tímidos e sobretudo quando coramos muito.
- Quando ficamos hipnotizados!- exclamou.
A Salomé concluíu que enlouquecemos um pouco quando estamos apaixonados! 

A pequena Ana já tinha ouvido falar de paixão, uma espécie de raio que nos atinge.
- Um raio de fogo!
- E queima?
- É como um relâmpago!
- É uma trovoada!
- Mas afinal chove?
Então a Salomé pensou que era melhor
ter um guarda-chuva para estar apaixonado!"


sábado, 4 de junho de 2011

as eleições e as bandeirinhas.




lembro-me vagamente de meados de eleições de mil nove e noventa e coiso... tinha ganho um" psqualquer coisa" e nós saímos por um acaso que não me lembro agora para ir dar uma volta à foz, era de noite... toda a gente tinha saído à rua para festejar com as devidas bandeirinhas, toda a gente exibia os dois dedos em forma de V de vitória... lembro-me de toda a  alegria tal e qual quando um clube de futebol ganha e não se pode andar na rua... mas desta por causa da vitória de um partido... lembro me ainda de estar toda contente a mostrar os dentes todos que não tinha, para as pessoas que passavam a apitar nas suas buzinas de fords fiesta (carro muito in na altura) e eu muito modo :let's get this party started! a fazer o V de vitória e a acenar essa mesma bandeirinha como se a formiga já tivesse catarro...


lembro-me dessa altura, até porque não mudou muita coisa...anos mais tarde passei a votar e a ser eleita vezes sem conta como delegada de turma (e não, eu nunca demonstrei o minimo interesse no cargo...), até hoje que já posso facilmente aceder ao meu poder de voto (ou ao meu dever enquanto cidadã) por sms e ir à escolinha votar(por uma razão de subdesenvolvimento qualquer que querem manter ainda não temos eleições online...mas obrigamos velhinhos a preencher o irs pelo site das finanças...enfim, coisas de cidadão que nem ao diabo lembra...) o meu conhecimento politico desenvolveu pouco ou nada...as minhas "crenças" ou opções são muito vagas e o meu voto tal como as minhas opções é...todo ele branco como que lavado com neoblanc,eu sou como já disse anteriormente "aquela velhinha que aparece na televisão a abanar a bandeirinha, mas que no fundo não sabe para quê, mas que a bandeirinha tem um tecido bonito para forrar uma camilha velha"...


desacreditei que um bando de pessoas que tem um salário milionário sejam capazes de se chatear por um país de mentalidades ricas em maldizer e pobres em soluções quando podem simplesmente estar sentados numa bordinha de uma das piscinas de casa a ler noticias sobre as suas próprias ridicularidades, ou se gosta dos ideais de um partido e não se gosta do "cabeça de cartaz" ou se gosta dos ideais do cabeçorro e não se gosta do partido. Se bem que ainda ontem tive conhecimento de um partido que defende imaginem... os animais, já que ninguém defende nada de jeito pudesse eu ao menos eleger um partido que tirasse os pobres dos animais das montras das lojas, dos fins trágicos nos canis, enfim... tantas outras coisas... no fundo somos todos tratados de igual forma, temos de trabalhar como animais, de nos "vendermos" como animais para que possamos conseguir um lar, comida e família.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

o meu trauma com o pirilampo mágico e porque é que a luz não está no rabo?



o pirilampo de hoje...passados 25 anos continua a não convencer pelo aspecto...




 e o pirilampo caso feito por mim, resumindo:
aumentava o pelo, 
mudava a luzinha para onde os pirilampos dão luz,
aumentava o olho e punha-o com ar de gatinho perdido "óh compra-me óh vá-lá... óóóhh...mas mas mas mas ...anda lá , ó compra, pede à tua mãe, pede...pede pede pede!!!" reduzia a um para cortar nos custos, assim como também cortava ainda mais na fita de cetim que embora seja da chinesa tão comprida fica sempre cara e este ano está mais curta que a do ano passado!!!! (isto de trabalhar no textil tem muito que se lhe diga)
pedia patrocínios a sério, tais como a tvi e a sic(a rtp é do estado, esquece) e aos principais clubes portugueses, que deitam dinheiro fora como lixo, por isso não lhes ia custar nada... e por fim
substituía o fluorescente por um led... por amor de deus à 25 anos a fazer a mesma coisa, é preciso evoluir.








Era uma vez uma pirralhinha muito pequenina e fanada (sem os dois roedores da frente) a quem um dia os pais se lembraram de oferecer um pirilampo mágico datado de em meados de mil nove e noventa e cinco.
 Branquinho e bonito era quase um segundo animal de estimação sendo o primeiro um gato siamês que embora a pacatez não lhe faltasse volta e meia suscitava-lhe  o instinto de atacar o pobre pirilampo...e é que realmente bem vistas as coisas mais parece um ratinho... há nele qualquer coisa estranha que  não se consegue identificar, não se sabe se é do pelo ou da falta da boca (que avaliar pela hello kitty deve ser uma coisa muito fofinha não ter boca)
Certo dia a menina fanada e o pirilampo estavam a brincar os dois nas escadas da avó...pois é, as danadas das escadas tinham uma passadeira gira que dava jeito para brincar mas que em pouco mais de 4 minutos roubaram toda a cola que tinha nas patinhas espalmadas e frágeis do pirilampo branco.
"óh e agora, como é que eu te vou levar ao ombro?"
naquele momento a menina fanada ficou com os olhos cheios de bagadinhas tão pequeninas como ela que se reflectiram nos olhos esbugalhados e irrequietos do pirilampo branco (por esta altura já mais para o semi-preto) e daquela forma ficaram a chorar os dois, a menina fanada e o pirilampo que reflectia as suas lagrimitas...até que...

acendeu-se a lâmpada em cima da menina fanada... (uma luz não tão forte quanto a pontinha dos pirilampos de hoje)
"oh e se eu te colasse com UHU de bisnaga?"
dito e feito, a operação foi fácil e eficaz... e durou tanto...durou até à hora da mãe descobrir a ideia genial da menina fanada... de se ter arrependido tanto de lhe dar aquele pirilampo agora preto a fugir para o apodrecido...


o final desta história, tal como deviam ser muitas outras e não são não foi muito feliz... a menina fanada levou nas orelhas (metaforicamente) por ter estragado a tão bela camisola de gola alta de malha tricotada, mas aprendeu várias lições:

-os pirilampos mágicos não servem de animal de estimação, não nossos amigos, são amigos das pessoas que ajudamos quando damos 2 euros por ele na loginha dos pirilampos ;
-a cola UHU não serve para colar tecido, a menos que seja específica para o efeito ;
-quando as coisas perdem a cola não devemos querer forçar a que voltem a colar e isto é uma metáfora para a vida que se aplica às amizades e aos amores;





(isto veio a propósito do pirilampo que me foi oferecido hoje no trabalho, 16 anos depois do primeiro... e assim fiquei a saber que é normal oferecerem pirilampos todos os anos a todos os funcionários o que esclarece o facto de algumas das pessoas que cá estão terem toda uma colecção à volta do pc...dava mais jeito quando eram aqueles monitores gigantes...
agora já não preciso de perguntar à quantos anos faz parte da empresa, vou directamente contar os pirilampos quando tiver curiosidade ;))

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Glutão comeu o pirulin pipi e as criancinhas passaram a ter uma vida feliz

lembro me do meu estado panicador (do verbo panicar que não existe) assim que vi o pirulipipi, um bonequinho aparentemente igual aos outros mas que quando lhe baixávamos as calças ele tinha a verdadeira da pilinha que era preciso levantar para o raio do miudo de plástico verter águas... nunca percebi muito bem este fascínio por limpar cocós de brinquedos e ainda menos de por meninos a fazer chichi de pé...depois disto... pensei que já estivesse vassinada para toda uma carrada de brinquedos que quase roçam o macabro, até encontrar isto que aparentemente vai ser lançado em Portugal...

Eu nunca fui a favor da cantiga dos bébés virem das cegonhas, acho que quando transposto para a realidade  isso é muito idêntico a chegarmos à escola e dizermos aos nossos amigos que o Pai Natal é um senhor que vive na lapónia e tem gnomos a trabalhar para ele voluntáriamente...
 nunca deixaria um filho meu cair no ridiculo, sim, porque a história da cegonha não tem outro nome. Porque não um canguru da austrália? sim? porque esses ao menos tem uma bolsa segura para transportar os bebés, agora a cegonha vem pelo ar com um recém-nascido embrulhado numa fralda pendurada pelo bico...g-sus, ninguém no seu perfeito juízo inventaria coisa tão absurda.


Eu sou mais do género da sementinha:
há que contar as coisas de forma simples e eficaz mas a cima de tudo realista...educação que me foi gentilmente cedida pelos meus pais em formato de livro (porque no geral parece-me que os pais tem um conflito qualquer em falar de sexo), agora enquanto mãe que espero vir a ser "um destes dias"( que é como quem diz, quando deixar de viver a recibos verdes)


agora a razão deste post....não sei o que pense do boneco que passados alguns anos decidiram lançar em Portugal o" Glutão", não sei o que é pior se o nome se o conceito se tudo encaixado no mesmo...ora, resumindo trata-se de uma batinha com duas florzinhas (entenda-se a metáfora para os mamilos) que quando encostada a boca do miudo ele começa "a mamar" eu não percebo o intuito disto, eu sei que o que todos os miúdos 
querem é imitar os adultos, em especial as meninas, mas aqui a coisa parece me ter vindo a soar a incentivo
para a amamentação que toda a gente sabe acaba por ser dolorosa para a mulher mas muito saudável para ambos( mãe e filho), agora bora por as meninas a amamentar desde pequenas quando forem grandes já sabem que a realidade é essa mas um pouco mais agressiva .


pequeno excerto da noticia do lançamento em portugal:

A boneca, do género Nenuco, mama, chora para mudar de seio e, no final, arrota. Funciona através de sensores instalados nos seios artificiais, que simulam o movimento de sucção quando lhes são encostados os lábios de plástico do bebé. É hoje um dos brinquedos mais procurados nos EUA, onde Bill O"Reilly, o apresentador da cadeia televisiva Fox e líder de audiências no cabo, a acusou de ser um estímulo à pedofilia. Custa cerca de 40 euros e só em Espanha vendeu mais de 30 mil unidades desde o seu lançamento, em 2009.

 Riam-se com as duas imagens da campanha a supostamente espanhola toda feliz e a americana com o ar mais assustado do mundo, já para não falar do nome do próprio brinquedo"the breast milk baby"


Eu não vou falar assim muito sobre o facto de ter sido posta em causa a sua venda nos EUA, EUA meus amigos, o que se podia esperar... (agora esperem até ás meninas americanas que brincam hoje com isto crescerem, tornarem-se mamãs e processarem os vendedores pela distorção da realidade, exigindo claro uma indemnização choruda)
 mas agora acho piada parte e sublinho : seios artificiais... pois é, com a razia de peito que  esta geração suporta quando estas crianças crescerem só mesmo os seios artificiais é o que os seus próprios bebés poderão esperar.






Agora uma boneca Glutão? porquê ? ou só a mim é que me parece nome de monstro gigante viciado em lambarices que irá sugar os mamilos...perdão... florzinhas da pobre mãe até à exaustão? não entendo, talvez essa seja a única semelhança com a realidade de toda esta brincadeira.


quarta-feira, 25 de maio de 2011

A Rapunzel usa garnier nutrisse 53 a cor preferida das Portuguesas





   Rapunzel era uma menina com ar de todos me devem e ninguém me paga, vivia no 3º andar de um condomínio fechado cuja janela do quarto dava para o jardim...ela tinha uns longos cabelos compridos, deixava crescer durante anos porque nunca ganhou coragem para os cortar e sempre que ia ao cabeleireiro para apontar saía lá desapontada com um défice de 10cm de cabelo... típico entusiasmo dos senhores cabeleireiros..."são só 2 dedinhos de corte", pimbas, meio comprimento.
Rapunzel cortava e pintava o cabelo em casa, usava franja cortada de uma forma que aprendeu nos tutoriais do youtube, mas só aparava as pontinhas ao de leve.
Certo dia a mãe de Rapunzel saiu de casa e sem querer fechou a menina à chave, por fora, Rapunzel correu as malas todas na esperança que as suas chaves estivessem perdidas algures ...nada... estavam na mesmissima mala que a mãe lhe tinha pedido emprestada... nada feito, lá pediu o auxilio do seu princepe pelo google talk
"amor, estou trancada em casa, não tenho chaves, e agora?"
não foi preciso mais de meia hora e o seu princepe já tinha chegado ao seu condomínio, montado no seu cavalo de 5 portas... a porta do condomínio, como sempre estava aberta...os vizinhos estão sempre em mudanças, ou se não estão em mudanças simplesmente vão por o lixo e deixam a porta aberta, deixando o prédio totalmente à disposição de quem lá quiser abancar nas escadas (sim, já aconteceu)
o Princepe conseguiu chegar ao jardim" e o que é que eu faço agora?" berrou para a sua janela...
Rapunzel soltou o seu longo cabelo aloirado pela janela e berrou" sobe!!"

Azar dos azares... o princepe é filho de uma raínha cabeleireira, logo denotou as suas pontas espigadas e a sua coloração ranhosa de supermercado, calçou as luvas, fechou os olhos e subiu pelos seus mal tratados cabelos...

"tens de ir à minha mãe cortar o cabelo, ela vai ficar toda contente"


depois disto eles lá acabaram por descobrir que ele afinal tinha a chaves de casa e seguiram-se longos meses de muitos produtos kerastase oferecidos pela senhora sua mãe,a quem rapunzel ficou eternamente grata!


se eu fosse rica, mas daquelas ricas mesmo ricas...






se eu fosse rica comprava uma estamparia, só para poder repetir vezes sem conta a emoção de ver um desenho meu a aparecer camada sobre camada em cima de um tecido, de uma forma tão arcaia, tão fascinante, tão emocionante, sei lá eu que mais... a primeira vez que vi o método manual da quadricumia, o meu ar de desdenho deve ter sido visto a léguas"óh...aquilo nunca vai funcionar", agora se pudesse passava o dia lá, a ver o meu desenho a aparecer e as cores a fundirem-se tal e qual aquela formula mágica de misturar as cores que os meus pais me ensinaram bem cedo...e os baldes de tintas de cores berrantes que inconscientemente atribuimos um sabor ..."hum...aquele vermelho deve saber a cerejass....!!!!"e há uma cozinha de cores e tudo, para provar depois de estarem misturadas(provar no tecido)

aqui está um videozinho que roubei do youtube para quem nunca viu




bom, na verdade o facto de ainda não terem inventado uma forma de equilibrar a qualidade /preço é igualmente fascinante... como é que ninguém inventou uma máquina que faça aquilo bom rápido e barato? e o método velho continua a ser o mais requisitado...
(não vale depois vir debitar conhecimento comigo sobre técnicas de estamparia mais avançadas porque eu já as sei, mais bonitas, mais fáceis, mais eficazes e MAIS CARAS)