segunda-feira, 30 de abril de 2012

amanhã é um falso-Domingo podemos acordar tarde, na sensação de estarmos na véspera do pior dia da semana, torna-se complicado lidar com a rotina com tantos feriados, a semana passada ainda era quarta e já parecia sexta... agora mais esta. Não estou a reclamar, por o sono em dia faz me bem e poder deitar-me a longas horas é confortável, tem um gosto estranho aos tempos da faculdade.

fuckthiszssheeettttttt


multiplicidade


esta vida é cheia de escolhas dificeis, caminhos estranhos que não dão onde queremos que dê, coisas que não tem resposta, coisas com resposta quando não queremos que existam, coisas cheias de sentido,de coincidências,de simultaneidade . O silencio faz muito mal... não consegui escolher uma só! deixo 4.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Big Autumn is bumper harvest of big season"

e pronto é assim, mais uma vez, mais um ano e mais uma página na minha vida...
não uma, várias... foi o que pensei hoje ao pegar num caderno do trabalho e o tentei a todo o custo reciclar para que as primeiras páginas não fossem arrancadas para o nada...No inicio do ano comprei um caderno para o trabalho, sei que podia render-me a ter um caderno da empresa sem que gastasse um centimo... sim, um caderno ranhoso de capa escura ... mas eu sou mesmo assim, sou mesquinha desse ponto irritante, do ponto de querer personalizar tudo e de ter tudo meu e só meu e desigual. Como ia dizendo... comprei um caderno pequeno e volumoso de inicio de ano com um aspecto diferente, julgando à partida que nem a meio iria chegar... pelo decorrer das coisas... o desânimo é meio caminho andado para querermos mudar de vida... Terça-feira foi um ponto de partida"vou embora" amanhã um ponto final, despedir-me de uma forma qualquer (a mais rápida possivel) de todas as pessoas com quem construí ou não um elo a nivel profissional... depois destas certamente virão outras, talvez mais distantes...sinto-me estranhamente descontraída para quem tem um mundo novo a começar na próxima semana.

sábado, 14 de abril de 2012

os tempos mudaram







foi o que eu pensei hoje de manhã quando acordamos e dissertamos sobre a falta de brindes nos produtos alimentares, os pega-monstros já não saem nos pacotes das ruffles, são vendidos nos quiosques ... aliás, nas ruffles não sai absolutamente nada, e se ainda vierem batatas lá dentro já vamos com sorte, é sinal que a crise ainda não está na sua fase pior. O chocapic, esse é outro que tal, passaram se anos desde o último brinquedo super mega fixe. Nostalgia.Amargura... como é que os nossos filhos irão crescer na ausência destas coisas?


cadernetas nos pacotes de 4 dos bolicaos, cromos do bolicao, tazos, matutolas, argolas de plástico coloridas para as orelhas (90's powa),pega-monstros, dinossauros,

eu e o gato






quem acreditaria na minha solidão de Sábado à noite por opção própria?
eu
dilema dramático: o que é que vou comer sozinha?
resposta obvia:MCDRIVE
resposta correcta: Salada e sopa (não necessariamente por esta ordem)
resposta improvável:sopa
resposta realista: não me apetece sair de casa nem fazer de comer só para mim.

uma vez que estou com o gato, talvez abra uma wishkas saquetas e faça um jantar romantico com ele,
á luz de uma lâmpada fluorescente da cozinha.

musicas







falamos tantas vezes na similaridade das musicas com a nossa vida, com a vida deste e daquele que acabamos por cair na estupidez do vulgar do cliche... eu sou apaixonada por musica, pela voz refinada que falei ali em baixo, pelo coincidir das coisas monótonas da vida, dos batimentos cardiacos e das batidas leves de uma música. Já estivemos tantas vezes perdidos nisto, tantas vezes ao longe numa praia que ninguém conhece, num carro embaciado ao som de coisas que nos envergonhavam só de pensarmos na possibilidade de um dia ser amor na possibilidade de nos deixarmos levar nesse amor até chegarmos ao que somos e vivermos tudo isso,tinha não uma ou duas, mas uma playlist para este amor que não acaba, da ultima vez viviamos ao som de " In the pivacy of our love"dos Hot Chip, sempre fomos felizes a pensar que não eramos romanticos, sendo românticos no seu mais puro e extremo estado.

Ponteiros






estou aqui de volta de um pequeno lanche a debicar,só dou de mim quando a mão treme de fraca... como todas as outras vezes deixo-me levar pelo fast fashion dos meus relógios cujas horas se perdem da realidade e andam pra trás e pra frente com os ponteiros, levo-me pelos traços dos desenhos que ambiciono terminar e não dou conta que por horas (perdidas por relógios malucos e baratos) não como, não desvio o olhar e simplesmente não me desloco da mesa de trabalho mais de um metro de olhos semi-cerrados para avaliar a proporcionalidade das coisas que vou traçando... comigo estão os ponteiros desafinados dos relógios a voz afinada e refinada da Feist, o ritmado maneki-neko de louça que me vai dando sorte no "negócio", os marcadores, os lápis de minas borronas, as malgas de água tingida pelo pincel de águarela e um gato irrequieto que depois de tanto tentar a minha atenção acaba por se aborrecer e caír na mesma manta de sempre adormecido.

assinado a
JR

terça-feira, 10 de abril de 2012

os sonhos não tem códigos de barras.

os teus sonhos são simples
tudo o que querias era o normal das meninas da tua idade, uma familia funcional, um pai uma mãe e os seus respectivos empregos, estabilidade emocional para pegares na tua mala mal que precisas saltar por cima para fechar e seguires rumo a uma vida e a uma casa cheia de lixo por apanhar e paredes por pintar.

Sonhar ainda é grátis. Tu és não só aquilo que comes como aquilo que dizes, aquilo que sentes e essencialmente aquilo que sonhas e é de sonhos que se constroem as vidas.



hoje estou para isto, de tudo o que já perdi, de tudo o que conquistei, não consigo deixar de estar com medo pelos dois, não quero perder mais nada tão cedo.

uma carta perdida a anónima sôfrega.











"...sei que queres saber de mim e o não saberes de mim faz te fastio, esse mesmo fastio que te faz tudo aquilo que descobres sobre as minhas gotas sozinhas de felicidade e conquista, cada parte a menos de pele ou gordura que tens e não tenho, cada traço do rosto ou escolha perfeita daquele vestido que se tivesses pensado antes teria sido teu e não meu, da ideia que saiu da minha cabeça e não da tua. Eu sei que incomodo, que ao longe eu incomodo, que sou um fantasma com um corpo, que mexo com os nervos e cada presença minha por muito que ausente em coisas vãs desperta vontade de agir e ser melhor e maior do que o que és, do que o que eu sou, porque no fundo eu não sou nada,é o que te queres convencer e o que é que eu sou mais que tu?... isso não me faz muito feliz, não me faz nada feliz, não gosto de ser invejada por coisas que não quero ter, por sentimentos que não quero despertar... eu desprendi-me demasiado das coisas que me magoam, procuro novidade e diferença ao invés de procurar aquilo que não quero ver. Não quero ser amada mais que tu, mas se o sou não me importa, isso faz me sentir especial e sentir-me especial como imaginas não me incomoda...incomoda-me que me queiram mal, que me olhem de lado, mas não me incomoda assim tanto se eu não tiver feito nada para isso acontecer, acaba por funcionar ao contrário, faz me ser especial.

é a vidinha, como dizia o outro"

sábado, 7 de abril de 2012

problema de expressão II

Conversa de sexta:

"devias aproveitar e fazer publicidade ao que sabes fazer"
"mas eu já faço publicidade e é graças a isso que tenho emprego e continuo a receber novas propostas"
"não é suficiente"


eu não gosto do protagonismo, dar nas vistas é saudável quando é subtil, embora isso seja contraditorio, nunca lidei muito bem com o protagonismo, não gosto que me cantem os parabéns e que eu fique como se tivesse um foco de luz na minha direcção, não sei o que fazer com a cara(expressão), com as mãos... o protagonismo a nível profissional tanto pode ser gratificante como por vezes se torna desconfortável... exigem mais e mais de ti se estiveres sob asa de um patrão, as pessoas que sabem o que vales exigem mais de ti porque te querem ver no topo, mas o topo assemelha-se ao foco de luz de quando nos cantam os parabéns. Faço as coisas, as pessoas gostam, o melhor para mim é que mandem agradecimentos por alguém, para eu não ter de corar.É por isso que podia já ser alguém e continuo na berma, à mercê dos trocados do fim do mês. Talvez saiba desenhar bem,talvez pinte,talvez fotografe, talvez saiba cantar,talvez sirva de modelo, mas quantas pessoas não o fazem e estão na rua? porque é que eu iria ser mais do que os outros que por vezes são tão bons ao ponto de eu repensar o meu valor...

problema de expressão




sexta feira, uma das poucas conversas sem discutir que vou tendo com a progenitora senhora dona mãe... tem sido difícil, pelo que vejo temos 4 fases na vida no que diz respeito à relação mãe/filha
1-mãe discute com filha e a filha chora, motivo: comida, ir para a cama cedo, hábitos de higiene.
2-filha discute por tudo com a mãe, a chamada fase do armário, motivo: desarrumação, roupa, hormonas da filha, primeiros namorados, ideias próprias em formação.
3-mãe e filha discutem quase todos os dias e mal se encontram, motivo: tudo e mais alguma coisa, má interpretação, hormonas da mãe na fase crítica, hormonas da filha alteradas pelos medicamentos próprios, stress do trabalho para ambas.
4- (e ultima pela qual ainda não passei) sair de casa/casar/ ter filhos: laço maternal puxado por uma ponta e agora refeito a cada reencontro, mãe convencida que a filha saiu do ninho, mãe/avó, a renascença do sentimento paciente do carinho e do mimo em centriplicado.







já passei dias a brincar com bonecas de papel, estavam guardadas sempre num envelope de papel japonês, numa gaveta com aqueles cheiros caracteriscos a madeira antiga, naquele movel retro da sala da avó... por alguma razão nunca o tirava de lá, brincava no sofá e voltava a guardar aquele envelope, na gaveta onde estavam as palhinhas do sumo e os talheres de plástico para nós. Inconscientemente não era capaz de misturar aquele brinquedo com os restantes, todos eles de plástico que resistiam uma vida, de certa forma aquilo acabaria por ter um simbolismo...era quase como um dois em um dos 20 anos que se seguiam... o gosto imenso pelas coisas antigas, e pelo criar, recortar e vestir.
Hoje levo a coisa tão a sério ao ponto de nem dar por ela... não dou pelo facto de estar a fazer uma coisa que gosto e que sempre quis, não tenho tempo para isso... quando não temos tempo sequer para pensar que estamos a fazer uma coisa que gostamos é porque se calhar não nos sentimos totalmente realizados... é verdade que estou no meu meio, mas nada é meu, tudo é reinventado, mastigado, mais que visto, mais do mesmo e no final das contas não tenho mais dinheiro para juntar e eu já não consigo distinguir aquilo que gosto do que faço por obrigação e agora tudo o que eu queria era que o dia tivesse 48 horas, 24 para dormir e outras 24 para que tudo pudesse ser feito com calma e criatividade, trabalho, relações, vida.
Infelizmente as coisas nunca dependem de nós, dependem da nossa capacidade de arriscar, se a tivermos, ou então de um "chefe" tacanho que em troca do "salário" que embora só pague um sapato dos dele, para ele é muito grande e para nós não nos chega em condições até ao final do mês que não paga nem metade daquilo que sentimos quando fazemos as coisas com gosto e alguem vem e diz: não serve.