sábado, 22 de setembro de 2012

a chuva resolveu aparecer, na hora em que me ia tentar dormir... já parei o loop do album dos twin shadow e com ele a minha mania de comparar a vida a cada letra de cada música...hoje o lugar na cama está vazio, ao contrário da imensidão de coisas que enchem a minha cabeça, hoje irei sonhar com quê, quartos cor-de-rosa com tv's retro e peluches de festas da terra,ou chiuauas que ladram ao som de uma imitação bairrista de Carlos do Carmo? espero pelo menos não ter pesadelos, espero não ter sonhos de réstias do dia de hoje, nem trabalho, nem programas semelhantes à BBC vida selvagem mas com humanos pouco civilizados. Pudesse eu ser como os novos episódios da floribela com que acordo pela manhã, ia logo pedir às minhas fadinhas da floresta para não sonhar com nada...que esta coisa dos sonhos embora não seja supersticiosa deixa-me sempre a pensar de onde vieram.
 Tenho para mim que vou sonhar com a actualização do software do iphone, que depois de resolver dar um erro, fala para mim em brasileiro.

Mas que complicação Maria JR. é só chuva... porque é que tens a mania de olhar para ela como se fizesses parte de um filme deprimente sem grande conteúdo.

Leggo

penso naquela caixa de legos, a facilidade com que montamos uma série de peças e construimos uma casa com moveis e tudo. Que é que se passa, porque é que estagnamos? não era esta aquela parte em que éramos crescidos e que comprávamos a nossa própria casa... ou por outras palavras que na saúde e na doença um  crédito habitação até que a morte nos separasse?

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Escolhas




(kids  marchmallow exp.)




"e  agora tenho de me resignar a esta merda da vida?"

não respondeu..
pensou alto



tens... fizeste as tuas escolhas, as tuas escolhas tiveram consequências,


como se faz quando uma criança quer um ovo kinder e um pacote de batatas fritas?
escolhe, a maioria das vezes porque o brinde que trás lhe parece o mais divertido, depois é daqueles que com pouco tempo se percebe que além de não terem piada são irritantes, depois que remédio, come o que tem até poder voltar a ter uma nova escolha

é assim que as crianças aprendem
e essa realidade não está muito longe

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

João Pestana

hoje apoderei me de uma nostalgia que há algum tempo não vinha bater aqui à porta, quer dizer... na verdade desde que abri aquela caixa apercebi-me da quantidade de anos que passaram e da minha sôfrega maneira de ser e de sofrer por pensar não estar a viver todos estes anos como eu queria


hoje a meio da manhã, sem mais nem porquê...ok, talvez porque estivesse demasiado entediada a colar pedrinha por pedrinha no meu trabalho (o meu trabalho por vezes constroi-se assim pedrinha por pedrinha, literalmente)

voltei ao blog dele... 2008? em dois mil e oito foi a ultima vez que ele escreveu, assim como que a vida dele tivesse agora um novo rumo, talvez até como um rio (Não pensar em música dos Delfins) eu sinto me em parte "culpada" disso


digo culpada porque ele vivia com todas aquelas coisas dele e só dele que me fui apoderando, o gosto pela música, a sabedoria das palavras, acho que há dias em que se não é o trabalho, sou eu que o consumo por completo, dei por mim a fazer retrospectivas até meados de 2007, é possivel conhecermo-nos desde 2007?

depois  da meia lágrima que queria sair voltei a por os olhos no "manhãzitos" meio comido pela secretária, voltei à monotonia das pedrinhas e a um estranho sentimento dividido entre a perda e a conquista

eu gostava daquele rapazinho despenteado e surpreendente, das flores pequeninas, dos sorrisos envergonhados,do não saber e saber que ele gostava daquela forma, do nem saber olhar-lhe bem nos olhos


não estou triste, hoje sei cada milímetro daquelas grandes pestanas que rodeiam os olhos brilhantes que ficam mais claros pela manhã, quando abro a janela


eu deixei os gnomos pra trás, já não são responsáveis pelas minhas más disposições, todas elas tem agora um sentido, não somos proibidos de nada e estamos ao alcance de tanta coisa de adultos.

não estou triste, estou sim nostálgica por sentir a cada dia que passa que cresci mais um centimetro por dentro, em 2008 era tão pequena,gostava de voltar a ser, só por um dia.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012






enquanto nos lamentamos por adiarmos os planos a dois numa casa junto ao rio com cadeiras do Charles Eames, jardim e gatos e um cão a correr... levamos um estalo da vida e realmente dá para pensar que não somos assim tão mais importantes que a maioria das pessoas da nossa idade... teimamos e alimentamos a ideia que filhos e casamento se houver é lá prós 30's, eles /homens, são sempre mais velhos, acabam por viver à sombra da nossa falsa "imaturidade" porque somos mulheres com ideias, sonhos e sabemos mesmo o que queremos e o que não... a nossa vida só vai ser a nossa vida quando estivermos mentalmente estáveis, e com um emprego estável também... mas como é que podemos estar?quando é que isso vai ser? fomos educados de forma diferente e por isso somos ambiciosos, não é que a mãe ou o pai não o fossem, mas a nossa ambição vem deles, do nos influenciarem a estudar até ao infinito e mais além, para termos um emprego bom e um salário bom, quem sabe, muito é esperado o negócio próprio... "não teres de depender de patrões, como eu tive!"
 são os empregos modo trampolim que nunca param de saltar, as festas, os festivais, e com isso o alcool e o modo despreocupado de viver... as viagens , os saltos em hotéis e todas as aventuras  que os nossos pais na maioria não tiveram, tudo isso nos leva a ver a vida de "casal" tão ao fundo do túnel... vivermos juntos, isso por mim, por ele, por nós, por quase todos, era já... agora o resto...
 Foi a notícia dela que me deixou a pensar nisto " queres saber uma novidade?estou grávida", não sabia se ficava feliz ou se havia de ficar triste, fiquei preocupada... sabia que à partida pensa como eu, temos tanta loucura para viver... o ter um filho na barriga de surpresa é uma sensação muito mais estranha aos vómitos, à ansiedade, à vontade insaciável de comer este mundo e o outro, aos ataques depressivos, rios de lágrimas... ter um filho na barriga é sim um gostar e não gostar, de saberes que a tua vida tem ali um ponto final naquela frase, um ponto final parágrafo... mas que a tua história não acaba, muda de capítulo radicalmente, como aquelas histórias feitas à pressão... se tinhas dúvidas que era "com ele que queria ficar para toda  a vida"agora sabes que podes até não ficar mas vão ter sempre um elo.


 Sei que não tarda vais estar feliz por veres a tua barriga a crescer e que vocês vão ser muito felizes nesta nova história, um destes dias somos nós também e podemos vê-los brincar :)

sábado, 1 de setembro de 2012

negação


   talvez dê demasiada atenção a  quem gosto, a quem admiro, a quem cresceu e riu comigo
 queira sempre ser retribuida da mesma forma... mas somos raros, temos personalidades complicadas...
já tentei aproximar-me mas onde foi parar o carinho, a cumplicidade, perdeu-se num raio estupidamente pequeno, não percebo, talvez não queira nunca perceber, se houver uma lógica não quero saber...
fiz alguma coisa? já não sou suficientemente "fixe"
não, todas as pessoas tem tempo para quem gostam, ou pelo menos devia ser assim, se não há tempo talvez não seja mutuo e talvez eu ame aquilo que nunca cheguei a conhecer.

 não me vou perder em lágrimas pelo desamor,mais uma vez, não sou muito fã da vulnerabilidade ,nem de coisas incógnitas,não estou capaz de confrontar,vou só ficar triste, desabafar de vez em vez e ignorar como me pedem pra fazer, e recordar coisas e sentimentos que parecem ter ficado para trás.