sexta-feira, 27 de maio de 2011

o meu trauma com o pirilampo mágico e porque é que a luz não está no rabo?



o pirilampo de hoje...passados 25 anos continua a não convencer pelo aspecto...




 e o pirilampo caso feito por mim, resumindo:
aumentava o pelo, 
mudava a luzinha para onde os pirilampos dão luz,
aumentava o olho e punha-o com ar de gatinho perdido "óh compra-me óh vá-lá... óóóhh...mas mas mas mas ...anda lá , ó compra, pede à tua mãe, pede...pede pede pede!!!" reduzia a um para cortar nos custos, assim como também cortava ainda mais na fita de cetim que embora seja da chinesa tão comprida fica sempre cara e este ano está mais curta que a do ano passado!!!! (isto de trabalhar no textil tem muito que se lhe diga)
pedia patrocínios a sério, tais como a tvi e a sic(a rtp é do estado, esquece) e aos principais clubes portugueses, que deitam dinheiro fora como lixo, por isso não lhes ia custar nada... e por fim
substituía o fluorescente por um led... por amor de deus à 25 anos a fazer a mesma coisa, é preciso evoluir.








Era uma vez uma pirralhinha muito pequenina e fanada (sem os dois roedores da frente) a quem um dia os pais se lembraram de oferecer um pirilampo mágico datado de em meados de mil nove e noventa e cinco.
 Branquinho e bonito era quase um segundo animal de estimação sendo o primeiro um gato siamês que embora a pacatez não lhe faltasse volta e meia suscitava-lhe  o instinto de atacar o pobre pirilampo...e é que realmente bem vistas as coisas mais parece um ratinho... há nele qualquer coisa estranha que  não se consegue identificar, não se sabe se é do pelo ou da falta da boca (que avaliar pela hello kitty deve ser uma coisa muito fofinha não ter boca)
Certo dia a menina fanada e o pirilampo estavam a brincar os dois nas escadas da avó...pois é, as danadas das escadas tinham uma passadeira gira que dava jeito para brincar mas que em pouco mais de 4 minutos roubaram toda a cola que tinha nas patinhas espalmadas e frágeis do pirilampo branco.
"óh e agora, como é que eu te vou levar ao ombro?"
naquele momento a menina fanada ficou com os olhos cheios de bagadinhas tão pequeninas como ela que se reflectiram nos olhos esbugalhados e irrequietos do pirilampo branco (por esta altura já mais para o semi-preto) e daquela forma ficaram a chorar os dois, a menina fanada e o pirilampo que reflectia as suas lagrimitas...até que...

acendeu-se a lâmpada em cima da menina fanada... (uma luz não tão forte quanto a pontinha dos pirilampos de hoje)
"oh e se eu te colasse com UHU de bisnaga?"
dito e feito, a operação foi fácil e eficaz... e durou tanto...durou até à hora da mãe descobrir a ideia genial da menina fanada... de se ter arrependido tanto de lhe dar aquele pirilampo agora preto a fugir para o apodrecido...


o final desta história, tal como deviam ser muitas outras e não são não foi muito feliz... a menina fanada levou nas orelhas (metaforicamente) por ter estragado a tão bela camisola de gola alta de malha tricotada, mas aprendeu várias lições:

-os pirilampos mágicos não servem de animal de estimação, não nossos amigos, são amigos das pessoas que ajudamos quando damos 2 euros por ele na loginha dos pirilampos ;
-a cola UHU não serve para colar tecido, a menos que seja específica para o efeito ;
-quando as coisas perdem a cola não devemos querer forçar a que voltem a colar e isto é uma metáfora para a vida que se aplica às amizades e aos amores;





(isto veio a propósito do pirilampo que me foi oferecido hoje no trabalho, 16 anos depois do primeiro... e assim fiquei a saber que é normal oferecerem pirilampos todos os anos a todos os funcionários o que esclarece o facto de algumas das pessoas que cá estão terem toda uma colecção à volta do pc...dava mais jeito quando eram aqueles monitores gigantes...
agora já não preciso de perguntar à quantos anos faz parte da empresa, vou directamente contar os pirilampos quando tiver curiosidade ;))

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Glutão comeu o pirulin pipi e as criancinhas passaram a ter uma vida feliz

lembro me do meu estado panicador (do verbo panicar que não existe) assim que vi o pirulipipi, um bonequinho aparentemente igual aos outros mas que quando lhe baixávamos as calças ele tinha a verdadeira da pilinha que era preciso levantar para o raio do miudo de plástico verter águas... nunca percebi muito bem este fascínio por limpar cocós de brinquedos e ainda menos de por meninos a fazer chichi de pé...depois disto... pensei que já estivesse vassinada para toda uma carrada de brinquedos que quase roçam o macabro, até encontrar isto que aparentemente vai ser lançado em Portugal...

Eu nunca fui a favor da cantiga dos bébés virem das cegonhas, acho que quando transposto para a realidade  isso é muito idêntico a chegarmos à escola e dizermos aos nossos amigos que o Pai Natal é um senhor que vive na lapónia e tem gnomos a trabalhar para ele voluntáriamente...
 nunca deixaria um filho meu cair no ridiculo, sim, porque a história da cegonha não tem outro nome. Porque não um canguru da austrália? sim? porque esses ao menos tem uma bolsa segura para transportar os bebés, agora a cegonha vem pelo ar com um recém-nascido embrulhado numa fralda pendurada pelo bico...g-sus, ninguém no seu perfeito juízo inventaria coisa tão absurda.


Eu sou mais do género da sementinha:
há que contar as coisas de forma simples e eficaz mas a cima de tudo realista...educação que me foi gentilmente cedida pelos meus pais em formato de livro (porque no geral parece-me que os pais tem um conflito qualquer em falar de sexo), agora enquanto mãe que espero vir a ser "um destes dias"( que é como quem diz, quando deixar de viver a recibos verdes)


agora a razão deste post....não sei o que pense do boneco que passados alguns anos decidiram lançar em Portugal o" Glutão", não sei o que é pior se o nome se o conceito se tudo encaixado no mesmo...ora, resumindo trata-se de uma batinha com duas florzinhas (entenda-se a metáfora para os mamilos) que quando encostada a boca do miudo ele começa "a mamar" eu não percebo o intuito disto, eu sei que o que todos os miúdos 
querem é imitar os adultos, em especial as meninas, mas aqui a coisa parece me ter vindo a soar a incentivo
para a amamentação que toda a gente sabe acaba por ser dolorosa para a mulher mas muito saudável para ambos( mãe e filho), agora bora por as meninas a amamentar desde pequenas quando forem grandes já sabem que a realidade é essa mas um pouco mais agressiva .


pequeno excerto da noticia do lançamento em portugal:

A boneca, do género Nenuco, mama, chora para mudar de seio e, no final, arrota. Funciona através de sensores instalados nos seios artificiais, que simulam o movimento de sucção quando lhes são encostados os lábios de plástico do bebé. É hoje um dos brinquedos mais procurados nos EUA, onde Bill O"Reilly, o apresentador da cadeia televisiva Fox e líder de audiências no cabo, a acusou de ser um estímulo à pedofilia. Custa cerca de 40 euros e só em Espanha vendeu mais de 30 mil unidades desde o seu lançamento, em 2009.

 Riam-se com as duas imagens da campanha a supostamente espanhola toda feliz e a americana com o ar mais assustado do mundo, já para não falar do nome do próprio brinquedo"the breast milk baby"


Eu não vou falar assim muito sobre o facto de ter sido posta em causa a sua venda nos EUA, EUA meus amigos, o que se podia esperar... (agora esperem até ás meninas americanas que brincam hoje com isto crescerem, tornarem-se mamãs e processarem os vendedores pela distorção da realidade, exigindo claro uma indemnização choruda)
 mas agora acho piada parte e sublinho : seios artificiais... pois é, com a razia de peito que  esta geração suporta quando estas crianças crescerem só mesmo os seios artificiais é o que os seus próprios bebés poderão esperar.






Agora uma boneca Glutão? porquê ? ou só a mim é que me parece nome de monstro gigante viciado em lambarices que irá sugar os mamilos...perdão... florzinhas da pobre mãe até à exaustão? não entendo, talvez essa seja a única semelhança com a realidade de toda esta brincadeira.


quarta-feira, 25 de maio de 2011

A Rapunzel usa garnier nutrisse 53 a cor preferida das Portuguesas





   Rapunzel era uma menina com ar de todos me devem e ninguém me paga, vivia no 3º andar de um condomínio fechado cuja janela do quarto dava para o jardim...ela tinha uns longos cabelos compridos, deixava crescer durante anos porque nunca ganhou coragem para os cortar e sempre que ia ao cabeleireiro para apontar saía lá desapontada com um défice de 10cm de cabelo... típico entusiasmo dos senhores cabeleireiros..."são só 2 dedinhos de corte", pimbas, meio comprimento.
Rapunzel cortava e pintava o cabelo em casa, usava franja cortada de uma forma que aprendeu nos tutoriais do youtube, mas só aparava as pontinhas ao de leve.
Certo dia a mãe de Rapunzel saiu de casa e sem querer fechou a menina à chave, por fora, Rapunzel correu as malas todas na esperança que as suas chaves estivessem perdidas algures ...nada... estavam na mesmissima mala que a mãe lhe tinha pedido emprestada... nada feito, lá pediu o auxilio do seu princepe pelo google talk
"amor, estou trancada em casa, não tenho chaves, e agora?"
não foi preciso mais de meia hora e o seu princepe já tinha chegado ao seu condomínio, montado no seu cavalo de 5 portas... a porta do condomínio, como sempre estava aberta...os vizinhos estão sempre em mudanças, ou se não estão em mudanças simplesmente vão por o lixo e deixam a porta aberta, deixando o prédio totalmente à disposição de quem lá quiser abancar nas escadas (sim, já aconteceu)
o Princepe conseguiu chegar ao jardim" e o que é que eu faço agora?" berrou para a sua janela...
Rapunzel soltou o seu longo cabelo aloirado pela janela e berrou" sobe!!"

Azar dos azares... o princepe é filho de uma raínha cabeleireira, logo denotou as suas pontas espigadas e a sua coloração ranhosa de supermercado, calçou as luvas, fechou os olhos e subiu pelos seus mal tratados cabelos...

"tens de ir à minha mãe cortar o cabelo, ela vai ficar toda contente"


depois disto eles lá acabaram por descobrir que ele afinal tinha a chaves de casa e seguiram-se longos meses de muitos produtos kerastase oferecidos pela senhora sua mãe,a quem rapunzel ficou eternamente grata!


se eu fosse rica, mas daquelas ricas mesmo ricas...






se eu fosse rica comprava uma estamparia, só para poder repetir vezes sem conta a emoção de ver um desenho meu a aparecer camada sobre camada em cima de um tecido, de uma forma tão arcaia, tão fascinante, tão emocionante, sei lá eu que mais... a primeira vez que vi o método manual da quadricumia, o meu ar de desdenho deve ter sido visto a léguas"óh...aquilo nunca vai funcionar", agora se pudesse passava o dia lá, a ver o meu desenho a aparecer e as cores a fundirem-se tal e qual aquela formula mágica de misturar as cores que os meus pais me ensinaram bem cedo...e os baldes de tintas de cores berrantes que inconscientemente atribuimos um sabor ..."hum...aquele vermelho deve saber a cerejass....!!!!"e há uma cozinha de cores e tudo, para provar depois de estarem misturadas(provar no tecido)

aqui está um videozinho que roubei do youtube para quem nunca viu




bom, na verdade o facto de ainda não terem inventado uma forma de equilibrar a qualidade /preço é igualmente fascinante... como é que ninguém inventou uma máquina que faça aquilo bom rápido e barato? e o método velho continua a ser o mais requisitado...
(não vale depois vir debitar conhecimento comigo sobre técnicas de estamparia mais avançadas porque eu já as sei, mais bonitas, mais fáceis, mais eficazes e MAIS CARAS)




o estranho mito da cenoura com olhos

(não é bem assim o titulo, mas fica mais giro)




 sempre nos tentaram endróminar com o facto da cenoura fazer os olhos bonitos
é mentira!
não fosse eu uma consumidora assídua de cenoura...e que apareça aqui um retentor de provas que me indiquem o contrário, eu tenho uma "ralação"(ah ah... piada gira porque a cenoura  que como é geralmente ralada...-.-') de amor/ódio com a cenoura... se faz os olhos bonitos porque é que eu tenho uma drástica
mistura de miupia e estigmatismo na vista? sim, porque é que eu não enxergo um palminho ao longe?


bom, já a parte do amor, explica-se facilmente... a cenoura além de ser um alimento óptimo cru ou cozidinho(quando fica muito doce) está carregadinho de vitamina não me lembro de que letra... e tem ainda uma coisa muito gira, no verão bronzeia que é uma coisa parva(não estou a falar da pasta de barrar mas sim do próprio consumo)... tenham cuidado é que se comerem de mais arriscam-se a ficar cor-de-laranja...


ainda nesta onda de frutos e vegetais chegada a época maravilhosa dos espirros, aumenta ainda mais o meu consumo de morangos... pena ser só nesta altura... eu é velas de morango, cremes de morango, perfumes e sabonetes de morango e tudo que houver de morango para consumir lá estou eu na lista de encomendas ;)


terça-feira, 24 de maio de 2011

levem-me para a casa e ponham-me a ver a rua sésamo.

no nosso tempo viamos isto:

eramos felizes e aprendíamos tanta coisa
depois crescemos e agora adultos jovens que nos tornamos vemos e ouvimos isto a toda a hora:

as figuras tem piada, mas parece ser a única coisa em comum com a anterior...
agora não aprendemos nada, parece que retrocedemos no tempo e não me refiro aos anos 70, mas sim à data em que não sabíamos nada da vida. A geração sai para a rua tal e qual fazia nos tempos de secundário... para cantar musicas que rimam, quando são entrevistados dizem todas o mesmo...isto está mal... recibos verdes... licenciado...sem emprego... la la la la (no secundário era mais sobre a falta das aulas de educação sexual que todos queriam ter para se rirem um bocado, mas que na verdade se tivessem iam faltar porque ng gosta das aulas...salvo raras excepções... resumindo, uma ramboiada e ninguém sabia ao certo o que estava ali a fazer além disso... faltar às aulas e por à flor da pele todo um lado rebelde...)desilude-me esta geração que se diz " à rasca" ser tão rasca de não ter capacidade de avaliar o que é bom e o que é mau... de lutar, de se sujeitar a estágios não remunerados para depois sim conseguir o que merece... bolas... tenho 23 anos, comecei com 22 e fui lutando, se estou onde estou agora não é uma mera razão de sorte, mas de luta...e são estes os homens da luta? não gozem comigo.



domingo, 22 de maio de 2011

a nossa camioneta é de ouro e prata e a que vai lá atrás é de casca de batata"

no outro dia ouvi esta musica num dos podcasts da caderneta de cromos... musica esta que fazia parte de um vasto repertório de coisas bonitas que se cantavam na camioneta que nos levava às visitas de estudo (na primária e por aí...) coincidencia daquelas que por azar não estamos acompanhados...pelo retrovisor via um 2cavalos, um carro que sempre me causou espécie... nunca o consegui ver como um carro, ou um clássico...quando comparado com o carocha a musica do titulo deste post encaixa exactamente nesse contexto... e a coisa da-se mais ou menos assim:




tipo isto...

ou isto...!?'
e isto?




(legenda: beetle x 2cv   ; ipod x "mp4"; illustrator x kaledo; mcdonnalds x burger king;

sexta-feira, 20 de maio de 2011

o meu primeiro carro foi um ferrari





era muito mais económico, não fizesse eu uma viajem de muitos quilómetros para o trabalho, ponderaria ir ao sótão desenterra-lo do meio do pó e levá-lo comigo para todo o lado, só não iria de saltos-altos.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

l'origine du monde de Gustave Courbet no balneario

Lembro-me de quando estudava história-de-arte ter ficado não sei se se pode chamar"fascinada"?!? com esta obra de Courbet, talvez agora ...se não me falha a memória a obra que o imortalizou... não era própriamente só pela "obecessão" do senhor pelo nú, mas pelo hiperrealismo da "coisa" (entenda-se "coisa"a obra-de- arte)que de todas as que conheci do mesmo autor nenhuma delas foi capaz de parecer tão verdadeira...ok...talvez isto se chame choque...
não menos chocada fiquei quando o vi ao vivo no museu d'Orsey ,  uma coisa é dizerem-nos..."esta obra tem 46x55cm" outra coisa é quando reparamos que se tirarmos uma foto no centro da imagem, parecemos estar envolvidos por uma farta cabeleira qual Mr T do esquadrão classe A, não fosse a minha veia desavergonhada ainda não ter rebentado naquela altura a minha vontade era tirar essa mesma foto.

 Sim... não é do nada este post, na realidade hoje lembrei-me desta imagem quando entrei no balneário do ginásio que frequento e me deparo não com uma, mas sim 3 ou quatro imagens semelhantes e igualmente realistas :S, senhoras normais de várias idades que conversavam tal-qual no café, mas ali com toda uma penugem ao relento e sim... fiquei mais chocada do que das outras 2 vezes... eu que sou uma pessoa que não se choca facilmente e não tenho grandes tabus em falar sobre coisas da vida...não me perguntem o que achei mais estranho daquele quadro realista, mas certamente Courbet iria servir-se muito bem daquele cenário, já eu achei que estava num outro qualquer sítio rodeada de naturistas...

o desporto radical





numa altura da vida (uma altura que rondaria aí um metrinho e pouco mais que isso ) sentimos uma imensa necessidade de nos aventurarmos pelos desportos radicais... como sempre fui da cidade não havia cá coisas tão radicais quanto subir a telhados e a árvores porque também o nosso sentido de ser demasiado arriscado ainda não está totalmente apurado mas calma aí...3 andares ainda é uma distância considerável do chão... para libertar a nossa veia radical na casa da avó tivemos uma bicicleta pequena quase sem peneus, e uns patins de4 rodas...houve uma altura que descobrimos que alguns objectos lá de casa, nomeadamente tábuas, serviam de escorrega, mas não era assim tão radical quanto isso...
verdadeiramente radical eram os patins de 4 rodas que a pouco e pouco nos fizeram aperceber da imensa falta de espaço que era para nós o terraço (enooooorme da avó), deu-se assim o nosso primeiro passo para a liberdade:
Andar de patins no passeio da rua!!!!( claro, junto à entrada de casa)... escusado será falar da nossa emoção por estarmos "na rua" e na triplicada emoção que era aliar isto aos patins de 4 rodas (de pneus de plástico) cujo barulho que fazia sobre os quadrados de cimento do passeio era tão raaaaatrátt´ratrátrátrátrátrámente irritante que não faltou muito até à velha custa do andar de baixo (salvo erro Maria Luisa? vejam só tão má que era que nem teve direito a diminuitivo fofinho de velhinha)ir fazer queixa à avó. As pessoas sem nada para fazer/mal dispostas/ de muita idade tem sempre um prazer especial em reclamar da alegria dos jovens.

(mais uma publicação nostálgica partilhada com MC)
 (os meus eram deste modelo, apenas variavam na cor, tinham cor- de- rosa em vez de verde e rodas amarelas, e sim... ainda os tenho!)


quarta-feira, 18 de maio de 2011

as k7´s do avô Pompeu

eu e MC vivemos grandes aventuras no passado, sim desde esse passado onde as pessoas perdem os dentes da frente e ainda assim não acham que o mundo vai desabar por os terem perdido...
o nosso avô era uma pessoa do outro mundo com uma personalidade do outro mundo que provávelmente irá ser "matéria" para muitos outros posts.
 Professor primário, missionário, tendo crescido num seminário era estranhamente viciado ou fanático na sua religião"beato" se é que a palavra existe no masculino(estranho, tendo em conta que tendemos a odiar tudo aquilo a que nos obrigam)

...nós, ainda no tempo dos "walkmens"de bandolete ouviamos k7's com gravações das spicegirls ou dos backstreetboys, ou na versão portuguesa artistas cujo tempo fez o favor de apagar "milenium"... "nonstop" e mais não digo...enquanto isto Sr.Professor Pompeu, como era conhecido por todos, estava a pé mal o sol nascia, de headphones nas orelhas a ouvir sucessivos salmos na viajem de autocarro que o levava até à igreja, como hoje eu ouço "religiosamente" sucessivos podcasts  da "caderneta de cromos" do no rádio do carro.
  Nós, pequenitas mas já de pepino torcido descobrimos um dia que o nosso imenso jeito para cantar e improvisar sobre coisas que não lembra ao diabo, davam para ficar quase imortalizadas em k7's no rádio tijolo, e como não abonava o dinheiro para k7's(nesta altura abona o dinheiro para tudo quanto é doce e porcaria, menos k7's) roubávamos "os editoriais do avô"
lembro-me de uma imensa estante na escrivaninha dele,quase sem fundo, onde arquivava religiosamente(no verdadeiro sentido da coisa) todos os salmos missas e coisas cujo o nome nunca soube, com datas, marcações douradas em autocolante(deviam ser os salmos mais preciosos), pois é...e aqui começa a parte "má" da historia, elas(k7's) eram tantas que a pouco e pouco começamos(sem que ele desse por nada) a surripiar algumas delas para as nossas imensas gravações que julgamos um dia tornarem-se famosas. 
 Começamos pelas mais antigas, cujas capas eram sugestivamente coloridas e a qualidade tão manhosa que a gravação supostamente sobreposta fundia-se com a missa, e às tantas davamos por nós a cantar " if you wanna be my lover...lalalala" sobre um "ide em paz e que o senhor voz acompanhe..." todo este embroglio ainda com um som estranho que mais parecia fazer crer que a gravação era realizada algures num submarino afundado à muitos anos....e assim se passou até encontrarmos as tão valiosas TDK que mesmo com" protecção anti-netinhas"(entenda-se, a protecção sofisticadissima de partir as pecinhas dos lados para que não fosse possivel gravar por cima) não adiantava nada, pois a nossa veia da pirataria já tinha desenvolvido os seus truques, nomeadamente os de tapar buraquinhos com papel e fita-cola.
 *Ele dava sempre por falta de uma ou duas das suas milhentas k7's (consoante o tempo que tínhamos disponível da sua ausência em casa ), tudo acabava com um rabugento "Safadas, já andaram aqui a tirar-me cássetes!!!!" e nós, que na altura não nos ocorria fugir de casa, ficávamos simplesmente escondidas atrás de um sofá cujo forro das costas tinha alfinetes e agrafos que nos picavam, que parecia ser o castigo perfeito por ter feito a asneira, toda uma teoria podia ser criada à volta disto... no ponto de vista religioso era a nossa espécie de coroa de espinhos, ou auto-flagelação.



   Em memória do avô, que tantas gargalhadas nos fez e ainda nos faz dar fica aqui este post sobre um dos piores ataques de delinquência, ou  rebeldia de pré- adolescência de que um avô pode ser vítima.

(este gravador era igual ao do avô, mas tinha a particularidade de ter uma capa de pele com uma alça para o ombro e as teclas nunca as conheci brancas, era um dos acessórios que viajava com ele até Fátima).



* esta parte foi uma imensa falha minha... tanto escrevo que acabo por me esquecer sempre de um pormenor e este era grave ;), valha-me a MC para me avivar a memória, quando formos velhinhas podemos auxiliar-nos uma a outra desta forma.

velhos vícios


isto

 mais isto


mais isto
              

 e no fim mais uma por cima:


 ou então uma dose desiquilibrada disto:

 que resultava em algo parecido com( isto a saír da nossa boca, ou do nariz):


pequenos prazeres da vida muito antes de descobrirmos as maravilhas do sexo, do café ou do tabaco. Se nunca o fizeram na infância eu lamento por vocês ;)

terça-feira, 17 de maio de 2011

hoje portei-me bem

Em prol de uma massa ilimitada de pessoas preguiçosas, nomeadamente do sexo masculino, fiz um papelinho acompanhado da devida ilustração (para não haver espaço para o "percebeste ou queres que faça um desenho?")


lágrimas de cebola


no passado Domingo chorei, já não cozinhava à tanto tempo que me esqueci do truque de encher a boca de água antes de cortar cebola. Não sei porque resulta, mas resulta, se resulta porque é que só resulta com a cebola?



p.s - a imagem foi roubada mas o titulo desta publicação tem direitos de autor, caro António Carreira, caso encontre este título no google p.f peça permissão antes de o usar(são dois mil euros), a menos que queira que o meu nome conste na sua lista de plágio.