numa altura da vida (uma altura que rondaria aí um metrinho e pouco mais que isso ) sentimos uma imensa necessidade de nos aventurarmos pelos desportos radicais... como sempre fui da cidade não havia cá coisas tão radicais quanto subir a telhados e a árvores porque também o nosso sentido de ser demasiado arriscado ainda não está totalmente apurado mas calma aí...3 andares ainda é uma distância considerável do chão... para libertar a nossa veia radical na casa da avó tivemos uma bicicleta pequena quase sem peneus, e uns patins de4 rodas...houve uma altura que descobrimos que alguns objectos lá de casa, nomeadamente tábuas, serviam de escorrega, mas não era assim tão radical quanto isso...
verdadeiramente radical eram os patins de 4 rodas que a pouco e pouco nos fizeram aperceber da imensa falta de espaço que era para nós o terraço (enooooorme da avó), deu-se assim o nosso primeiro passo para a liberdade:
Andar de patins no passeio da rua!!!!( claro, junto à entrada de casa)... escusado será falar da nossa emoção por estarmos "na rua" e na triplicada emoção que era aliar isto aos patins de 4 rodas (de pneus de plástico) cujo barulho que fazia sobre os quadrados de cimento do passeio era tão raaaaatrátt´ratrátrátrátrátrámente irritante que não faltou muito até à velha custa do andar de baixo (salvo erro Maria Luisa? vejam só tão má que era que nem teve direito a diminuitivo fofinho de velhinha)ir fazer queixa à avó. As pessoas sem nada para fazer/mal dispostas/ de muita idade tem sempre um prazer especial em reclamar da alegria dos jovens.
(mais uma publicação nostálgica partilhada com MC)
(os meus eram deste modelo, apenas variavam na cor, tinham cor- de- rosa em vez de verde e rodas amarelas, e sim... ainda os tenho!)