Lembras-te daquele dia em que nos resolvemos encontrar naquele sitio específico? lembras-te daquele café tão igual a todas aquelas coisas que o tempo nos fez adquirir, do café, da conversa eu sou sincera... não me lembro bem, talvez estivesse concentrada na minha cobardia de te olhar nos olhos, lembras-te dos quilómetros que fizemos a pé? tínhamos muito para dizer um ao outro, uma cidade bonita e solarenga não chegava, nem pouco mais ou menos uma tarde para tudo aquilo que não vivemos em comum e teriamos para contar um ao outro,eu sempre contei mais de mim, infelizmente contei de mais, algumas coisas talvez fizesse sentido te-las tornado tabú tal e qual como fizeste com coisas do teu passado que eu nunca quis remexer. Ainda naquela tarde, lembras-te de eu ter de ir para casa? não tinha carro, ia de metro, insististe comigo que me levavas a casa, embora soubesses que era uma loucura eu confiar em ti, lembras-te de que me levaste ao parque de estacionamento tentando-me convencer a todo o custo de que o teu carro era velho mas tuning. Lembras-te das flores? duraram semanas, deram fotografias magnificas, e o leggie, lembras-te dele? está aqui!sempre pareceu uma aranha, mas tal como todas as outras coisas desastradas que fizeste até hoje saiu com o teu toque especial. Lembras-te de todas as outras flores, grandes, medias e pequenas, de todas as sextas-feiras, todas elas em que não me queria convencer que estavas apaixonado por mim,eu sentia-me demasiado insignificante... coisas da minha falta de amor próprio, tão insignificante que além de não me encontrar não encontrava em ti uma razão válida para acreditar que todas as coisas surpreendentemente romanticas e nunca pirosas tinham uma razão que não amizade, nunca percebi como é que tudo o que te junta a ti e romantismo resulta numa coisa fantástica, foi desde que te conheci que deixei de achar o romantismo uma coisa pirosa e comecei a dar valor a corações mal desenhados. Lembras-te da caixa dos m&m's que nunca comi e uma mensagem fechada à chaves que eu haveria de ter. Lembras-te daquele livro? daquela musica,daquela mensagem, daquela forma que arranjaste de me dizer que eu era especial para ti. Da areia no teu carro,das areias nas sapatilhas, guardei muitas areias de várias praias num frasco, tal como as flores, tal como as cartas de verão e tantas outras coisas que agora não me lembro mas que estão debaixo do pó da nossa caixa...eu prefiro não ver, um dia podemos ver tudo juntos, espero que seja daqui a muito tempo, se ainda me amares. Tenho pena que a azáfama das nossas vidas nos faça esquecer e deixar esmorecer tudo aquilo que tinhamos para guardar na caixa... um dia vamos querer ter mais recordações, fotografias, cartas... às vezes quando dou por mim a ir para casa a saber que não te vou ter à minha espera desejo ter vivido no tempo dos nossos avós, nós não nos vamos lembrar de nada...queria poder saber se um dia vou estar com a minha mão na tua a recordar tudo isto, mas o tempo é que toma conta das nossas vidas, a culpa é toda dele, do tempo.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
nós
Lembras-te daquele dia em que nos resolvemos encontrar naquele sitio específico? lembras-te daquele café tão igual a todas aquelas coisas que o tempo nos fez adquirir, do café, da conversa eu sou sincera... não me lembro bem, talvez estivesse concentrada na minha cobardia de te olhar nos olhos, lembras-te dos quilómetros que fizemos a pé? tínhamos muito para dizer um ao outro, uma cidade bonita e solarenga não chegava, nem pouco mais ou menos uma tarde para tudo aquilo que não vivemos em comum e teriamos para contar um ao outro,eu sempre contei mais de mim, infelizmente contei de mais, algumas coisas talvez fizesse sentido te-las tornado tabú tal e qual como fizeste com coisas do teu passado que eu nunca quis remexer. Ainda naquela tarde, lembras-te de eu ter de ir para casa? não tinha carro, ia de metro, insististe comigo que me levavas a casa, embora soubesses que era uma loucura eu confiar em ti, lembras-te de que me levaste ao parque de estacionamento tentando-me convencer a todo o custo de que o teu carro era velho mas tuning. Lembras-te das flores? duraram semanas, deram fotografias magnificas, e o leggie, lembras-te dele? está aqui!sempre pareceu uma aranha, mas tal como todas as outras coisas desastradas que fizeste até hoje saiu com o teu toque especial. Lembras-te de todas as outras flores, grandes, medias e pequenas, de todas as sextas-feiras, todas elas em que não me queria convencer que estavas apaixonado por mim,eu sentia-me demasiado insignificante... coisas da minha falta de amor próprio, tão insignificante que além de não me encontrar não encontrava em ti uma razão válida para acreditar que todas as coisas surpreendentemente romanticas e nunca pirosas tinham uma razão que não amizade, nunca percebi como é que tudo o que te junta a ti e romantismo resulta numa coisa fantástica, foi desde que te conheci que deixei de achar o romantismo uma coisa pirosa e comecei a dar valor a corações mal desenhados. Lembras-te da caixa dos m&m's que nunca comi e uma mensagem fechada à chaves que eu haveria de ter. Lembras-te daquele livro? daquela musica,daquela mensagem, daquela forma que arranjaste de me dizer que eu era especial para ti. Da areia no teu carro,das areias nas sapatilhas, guardei muitas areias de várias praias num frasco, tal como as flores, tal como as cartas de verão e tantas outras coisas que agora não me lembro mas que estão debaixo do pó da nossa caixa...eu prefiro não ver, um dia podemos ver tudo juntos, espero que seja daqui a muito tempo, se ainda me amares. Tenho pena que a azáfama das nossas vidas nos faça esquecer e deixar esmorecer tudo aquilo que tinhamos para guardar na caixa... um dia vamos querer ter mais recordações, fotografias, cartas... às vezes quando dou por mim a ir para casa a saber que não te vou ter à minha espera desejo ter vivido no tempo dos nossos avós, nós não nos vamos lembrar de nada...queria poder saber se um dia vou estar com a minha mão na tua a recordar tudo isto, mas o tempo é que toma conta das nossas vidas, a culpa é toda dele, do tempo.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
quem anda à chuva molha-se
Source: media-cache7.pinterest.com via Cheryl on Pinterest
estas gotas que insistem em cair do céu, marcam-me as viagens de volta a casa como um rumo certo, é de volta a casa e a mais lugar nenhum. Por muito que o meu coração me pregue partidas de ansiedade e que a minha vontade seja trocar de roupa e passear à chuva...tudo acaba da mesma forma, tão racional como me julgo ser. Quem anda à chuva molha-se e também se constipa.
terça-feira, 15 de maio de 2012
o amor e a cama
alguém alguma vez terá parado para pensar porque é que os casais, à excepção de uma notória falta de espaço, só conseguem ver uma cama no meio do quarto? talvez tenha uma explicação plausivel, talvez seja apenas uma ideia do centrar que faz parte da massa do sangue,que nos é intrinseca... talvez ok... talvez seja pela comodidade de um ou o outro poder sair pra fazer chi-chi sem que acorde o parceiro... talvez até porque a parceira não partilha da mesma carga horária que o parceiro... eu, que sou, não sou ninguém, mass sou o suficiente para ter as minhas próprias regras, e desrespeitar a do ser humano comum e recheadinho de copy/paste, acho romantica a ideia da nossa cama, tal qual adolescente, estar num canto, encostada à parede de preferencia que seja uma cama pequena e fofa, podemos fazer de conta que namoramos para sempre e ao fim e ao cabo as mesinhas de cabeceira eram do tempo em que se guardava um penico lá por baixo, agora, porque não ter um candeeiro de pé, uma pilha de revistas a suportar o telemóvel/despertador, um rebordo da cama simpático para que o parceiro possa também ele colocar o telemóvel/ despertador junto a si. E um comando da tv que adormece em cima de dois corpos cobertos por um edredon fofinho e acaba sempre desaparecido no infindável mundo dos lençóis ou então, como na maioria das vezes, caído atrás da cama.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Déjà vu
Por breves segundos dás por ti parado no trânsito, uma multiplicidade de luzes que piscam e chateiam a cabeça, tal e qual como aquela sensação estranha que te incomoda, déjà vu, aquele on/off e desânimo do costume, não me apetece ter sentimentos, não me apetece ser sensível, talvez me apeteça ficar parada no meio do nada no cimo de um qualquer socalco do Douro, na caravana, acompanhada de um copo de vinho de plástico...mas plástico do bom. Eu não gosto de cavar buracos para encontrar nada, prefiro ter de enjoar em todas as curvas para chegar ao destino se souber que o destino tem os braços abertos e duas mãos cheias de sonhos e olhos brilhantes por me ver. Não gosto nem quero on's e off's para a minha vida, amizades que nunca passam de frustrados desejos de o ser e coisas que ficam perdidas no passado mas que existem, ainda doces, mas com o gosto estranho de uma uva-passa. Acabo por perceber que não gosto de coisas esporádicas, sou uma sonhadora de coisas concretas que nunca vou conseguir ter... o ser ou não ser deixou de fazer parte dos meus planos, o estar ou nao estar perdeu-se também na adolescencia dos primeiros,primeirissimos 20. Se for para ficar sem respostas e frases por terminar, prefiro não ter textos para escrever, nem histórias pra contar, nem jantares por aquecer, nem coincidencias por revelar, nem nada de todas as coisas que a vida dá. Se damos voltas e voltas para chegar ao que está quase à nossa porta, se nos perdemos é porque alguma coisa não está certa.
Subscrever:
Mensagens (Atom)