Por breves segundos dás por ti parado no trânsito, uma multiplicidade de luzes que piscam e chateiam a cabeça, tal e qual como aquela sensação estranha que te incomoda, déjà vu, aquele on/off e desânimo do costume, não me apetece ter sentimentos, não me apetece ser sensível, talvez me apeteça ficar parada no meio do nada no cimo de um qualquer socalco do Douro, na caravana, acompanhada de um copo de vinho de plástico...mas plástico do bom. Eu não gosto de cavar buracos para encontrar nada, prefiro ter de enjoar em todas as curvas para chegar ao destino se souber que o destino tem os braços abertos e duas mãos cheias de sonhos e olhos brilhantes por me ver. Não gosto nem quero on's e off's para a minha vida, amizades que nunca passam de frustrados desejos de o ser e coisas que ficam perdidas no passado mas que existem, ainda doces, mas com o gosto estranho de uma uva-passa. Acabo por perceber que não gosto de coisas esporádicas, sou uma sonhadora de coisas concretas que nunca vou conseguir ter... o ser ou não ser deixou de fazer parte dos meus planos, o estar ou nao estar perdeu-se também na adolescencia dos primeiros,primeirissimos 20. Se for para ficar sem respostas e frases por terminar, prefiro não ter textos para escrever, nem histórias pra contar, nem jantares por aquecer, nem coincidencias por revelar, nem nada de todas as coisas que a vida dá. Se damos voltas e voltas para chegar ao que está quase à nossa porta, se nos perdemos é porque alguma coisa não está certa.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Déjà vu
Por breves segundos dás por ti parado no trânsito, uma multiplicidade de luzes que piscam e chateiam a cabeça, tal e qual como aquela sensação estranha que te incomoda, déjà vu, aquele on/off e desânimo do costume, não me apetece ter sentimentos, não me apetece ser sensível, talvez me apeteça ficar parada no meio do nada no cimo de um qualquer socalco do Douro, na caravana, acompanhada de um copo de vinho de plástico...mas plástico do bom. Eu não gosto de cavar buracos para encontrar nada, prefiro ter de enjoar em todas as curvas para chegar ao destino se souber que o destino tem os braços abertos e duas mãos cheias de sonhos e olhos brilhantes por me ver. Não gosto nem quero on's e off's para a minha vida, amizades que nunca passam de frustrados desejos de o ser e coisas que ficam perdidas no passado mas que existem, ainda doces, mas com o gosto estranho de uma uva-passa. Acabo por perceber que não gosto de coisas esporádicas, sou uma sonhadora de coisas concretas que nunca vou conseguir ter... o ser ou não ser deixou de fazer parte dos meus planos, o estar ou nao estar perdeu-se também na adolescencia dos primeiros,primeirissimos 20. Se for para ficar sem respostas e frases por terminar, prefiro não ter textos para escrever, nem histórias pra contar, nem jantares por aquecer, nem coincidencias por revelar, nem nada de todas as coisas que a vida dá. Se damos voltas e voltas para chegar ao que está quase à nossa porta, se nos perdemos é porque alguma coisa não está certa.